Relacionamentos superficiais: você sofre com isso?

Você sente que suas relações são vazias? Sejam elas de amizade, familiares e, claro, amorosas. É como se sempre faltasse alguma coisa e elas nunca fossem completas.  Ou pior: tem dificuldade em se entregar e, quando finalmente se liberta, constata que talvez tenha sido um erro, pois não recebe o amor que esperava? A verdade é que sofrer com relacionamentos superficiais é muito mais comum do que se imagina. 

Muitas pessoas enfrentam essa realidade e chegam até mesmo a pensar que nunca conseguirão viver relações verdadeiras. E por conta disso, vivem em busca de respostas para tentar entender o que acontece. Mas, nem sempre conseguem responder às suas dúvidas, simplesmente por não procurar pelas respostas corretamente. 

Afinal de contas, não é porque os relacionamentos são superficiais, que os motivos também serão. Pelo contrário, as causas para isso tendem a ser muito mais profundas do que se imagina. Elas podem estar relacionadas a choques e traumas que ocorreram na vida, dos quais a pessoa nem tem ciência. Quando isso acontece, costuma deixar aprendizados incorretos e incompletos que influenciam a maneira como enxergam os relacionamentos. 

Contudo, poucos atrelam uma coisa à outra, mas existe relação direta entre o que você aprendeu sobre se relacionar com a maneira como, de fato, se relaciona com as pessoas. 

Você lembra em que momento aprendeu a se relacionar? 

Se ao pensar no questionamento acima você se recordou conscientemente do momento em que aprendeu a se relacionar, lembrou errado. Desculpa se parece rude, mas de forma explícita é muito difícil acessar essa informação. Pensa só: quando estamos na barriga da nossa mãe, já estamos  em contato com diferentes relacionamentos. A maneira como ela se relaciona com as outras pessoas, já é um tipo de aprendizado. Ao vivenciar aquilo, podemos interpretar que é um modelo a ser seguido. 

Não de forma voluntária, mas, intrinsecamente, acabamos criando uma crença de que os relacionamentos devem ser conduzidos com base naqueles padrões vivenciados. Afinal de contas, se o bebê é capaz de ouvir a música que colocam para tocar, também consegue ouvir todas as outras coisas à sua volta. 

Vamos supor, portanto, que durante a gestação você tenha presenciado, repetidas vezes, sua mãe se queixar de que seu pai não a ama, porque não faz elogios a sua aparência. Cresce e arruma um namorado, mas aí, mesmo com todos os indícios, não consegue acreditar no carinho que ele tem, afinal de contas, cortou o cabelo e ele sequer a elogiou. 

Pode parecer um exemplo bobo, mas assim facilita o entendimento. O que acontece, é que foi criado um aprendizado incorreto de que para se sentir amada, precisa ser elogiada. 

Muitas vezes as pessoas ficam tão focadas nisso, involuntariamente, que não conseguem nem considerar as coisas positivas, que também são sinais de amor. 

E isso vale para qualquer que seja a vivência que a pessoa tenha experimentado, pois tudo o que acontece durante todos os períodos da vida, criam memórias que ficam armazenadas no nosso ser. E elas, nos influenciam a ter comportamentos, pensamentos e atitudes, baseados nos aprendizados recebidos. 

E o que isso tem a ver com relacionamentos superficiais? 

Talvez o seu histórico de relacionamentos superficiais tenha tudo a ver com os seus aprendizados. O que você aprendeu sobre como se relacionar, que foi muito antes do que imaginava, pode influenciar todas as suas relações futuras. 

Isso, na verdade, não é uma hipótese, é uma afirmação. As experiências que vivenciamos, principalmente no período intrauterino, dizem muito sobre nós. Pois fazem parte de quem somos, já que estão impregnadas em nossas células. Não são memórias conscientes, das quais nos lembramos, mas exercem uma forte influência sobre nós. 

O que não seria diferente quanto ao que aprendeu sobre a maneira de se relacionar. Com seus amigos, pais, irmãos, colegas de trabalho, amores. Não importa, se houver algum tipo de aprendizado incorreto e incompleto, a pessoa pode acabar tendo relacionamentos superficiais. 

Como será possível se entregar em uma relação, se não acreditar que valha a pena? Como ter relações profundas, se por conta de uma perspectiva errada, pode achar que a pessoa não sinta amor o suficiente. 

Contudo, os aprendizados que influenciam padrões comportamentais e podem gerar relacionamentos superficiais, podem ter ocorrido em outras fases da vida. Até mesmo antes do período intrauterino. O que aconteceu com nossos antepassados, também tem impactos diretos na nossa vida, e sem querer, tendemos a repetir o que eles viveram. Esse fenômeno, também inconsciente, é conhecido por repetições sistêmicas. 

Outro fator, é a maneira como nos relacionamos com nossos cuidadores na primeira infância e com as pessoas que estão à nossa volta. Tudo pode acentuar ou amenizar as nossas percepções e ditar os relacionamentos da vida adulta. Entretanto, não existe uma regra. Cada um é aquilo que aprende a ser, de acordo com o que foi ensinado, mesmo indiretamente. 

E tudo isso pode ser determinante para definir se teremos vínculos saudáveis ou relacionamentos superficiais.

A única maneira de entender os motivos de ter relacionamentos superficiais, é explorar a própria história 

As histórias são únicas. Mesmo que sejam iguais, sempre serão diferentes. Um mesmo trauma ou choque, pode impactar as pessoas de forma distinta. Uma mesma situação, pode deixar aprendizados diversos. E as pessoas também são únicas, com suas vivências e experiências, sua visão de mundo, suas percepções, perspectivas e expectativas. 

Por mais que muito se fale sobre os principais motivos que levam a relacionamentos superficiais, não existem regras. Não há protocolos ou guias. A única maneira de entender intimamente o que sempre lhe direciona a não ter relações completas, é conhecer mais sobre si. Explorar a própria história, entender cada contexto em que você esteve inserido, identificar crenças limitantes e aprendizados incorretos e incompletos. 

Assim, poderá ressignificar o que for preciso e, finalmente, encontrar as respostas para o seu problema com relacionamentos superficiais.

Acredite: praticar o autoconhecimento muda a sua vida como um todo e é capaz de libertar para que se viva de forma profunda e tranquila. 

Conheça mais as minhas vivências que podem lhe ajudar a conhecer mais sobre sua própria história: 

• Vivência Pré e Perinatal (solicite informações sobre futuras datas)
• MIRE – Método Integrativo de Reconexão do EU

E caso queira algo mais voltado para relacionamentos, indico que se inscreva no Workshop Online Vibrando com o Coração.