Ansiedade: entenda e aprenda a controlar esse vilão da vida moderna
07/07/2014
Não é novidade que, atualmente, palavras como ansiedade e estresse fazem parte da nossa rotina — tanto nas conversas quanto nas sensações que experimentamos. O que poucos sabem é que, por trás desses estados, existe uma bioquímica altamente prejudicial sendo produzida dentro do nosso corpo. Essa química pode desencadear uma série de distúrbios físicos e emocionais.
De forma simples, a ansiedade surge como resposta de uma área do cérebro chamada sistema límbico, especialmente da amígdala localizada no hipocampo. Essa região é responsável por detectar ameaças, e muitas vezes age independentemente da nossa parte racional. Em situações do dia a dia — como cobranças no trabalho, preocupações com os filhos, ou até pensamentos negativos recorrentes — a amígdala passa a reagir de maneira exagerada, como se cada evento fosse uma ameaça real à sobrevivência.
Esse funcionamento excessivo faz com que percebamos situações inofensivas como perigos reais, desencadeando uma resposta automática conhecida como luta ou fuga. O corpo entra em estado de alerta máximo: o hipotálamo e as glândulas supra-renais são ativados, liberando cortisol (conhecido como o hormônio do estresse) e adrenalina. Essas substâncias até têm um papel útil em pequenas quantidades, mas, quando liberadas em excesso, tornam-se extremamente nocivas.
Para ilustrar melhor, imagine a seguinte cena:
Um tigre caminha lentamente em sua direção. Ele o encara fixamente, saliva, mantém a cauda rígida, pronto para atacar. Nesse momento, seu corpo entra em ação: sua amígdala envia o alerta, os músculos se enchem de energia, o coração acelera. Essa reação é natural e protetora — você precisa fugir ou lutar para sobreviver.
O problema começa quando esse mesmo mecanismo é acionado por coisas que não oferecem perigo real, como uma mensagem do chefe, uma conta para pagar, ou um pensamento sobre o que pode dar errado. O corpo produz os mesmos hormônios, como se estivesse diante de um tigre. Porém, nesse caso, não há para onde correr nem com quem lutar — o que nos deixa presos em um estado de estresse contínuo.
E você já deve ter percebido: dizer a alguém ansioso para “se acalmar” raramente funciona. Na verdade, pode até piorar a situação. Isso acontece porque a ansiedade não responde à lógica — ela precisa ser acalmada falando a linguagem do corpo.
Por isso, é essencial entender como o excesso de cortisol afeta tanto o corpo quanto a mente.
Nos próximos tópicos, vamos ver quais são esses efeitos e o que fazer para reverter esse ciclo.
Segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos, mais de 70% das doenças têm alguma ligação com o estresse emocional, de acordo com relatos de médicos. Isso mostra o quanto é urgente aprendermos a lidar com nossas emoções para manter a saúde física e mental.
Para começar, uma das estratégias mais eficazes está em algo simples, mas poderoso: observar os próprios pensamentos. Em vez de se identificar com eles ou reagir automaticamente, tente assumir a postura de um observador — alguém que assiste aos pensamentos sem se envolver. Essa atitude ajuda especialmente com aqueles pensamentos que provocam preocupações recorrentes.
Além disso, um recurso prático e acessível é o uso de um diário emocional. Sempre que sentir ansiedade ou estresse, pare por alguns minutos e registre no papel:
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A data e a hora do episódio
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O que aconteceu (o gatilho da ansiedade ou estresse)
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Quais pensamentos vieram à sua mente
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Quais sensações físicas você percebeu
Ao fazer isso com regularidade, você começa a identificar padrões, ganha clareza emocional e diminui o impacto dos pensamentos automáticos. Isso porque escrever nos ajuda a organizar o caos mental e ver os acontecimentos com mais objetividade.
2- Os exercícios físicos, como uma caminhada por exemplo, são essenciais para você. Para o controle da ansiedade, é necessário que você tire um momento do dia para a prática de exercícios. Pois a prática aumenta o nível de neurotransmissores no cérebro, como a endorfina que é um analgésico natural, a serotonina e dopamina. Que produzem uma sensação de relaxamento e bem-estar no indivíduo.
3- A respiração é muito importante. E uma das técnicas que você pode aplicar é a respiração em quatro tempos de cinco segundos. Coloque a palma da sua mão sobre o peito e a outra sobre seu ventre.
Agora você inspira profunda e lentamente contando até cinco, segura o ar por mais cinco segundos, expira lentamente contando até cinco e aguarda mais cinco segundos antes da próxima inspiração. Se você respirar dessa maneira por cinco minutos estará amenizando e suavizando suas sensações corporais.
Essa respiração pode ser usada sempre que se perceber ansioso ou estressado, mas se você adotar o hábito de respirar assim várias vezes ao dia, além de ser muito saudável para seu corpo, você também estará ensinando o seu sistema a se sentir mais calmo.
4- Levar consigo um lenço embebecido com óleo essencial de lavanda, ou de laranja e cheirar um pouco nos momentos de crises ou ataques de ansiedade. Pingar algumas gotas em um lenço e deixar debaixo do travesseiro ajudam muito também.
O olfato é o único dos nossos sentidos que vai direto ao sistema límbico, onde acontece a ansiedade. Alguns estudos comprovam que aromas como o da lavanda e o da laranja por exemplo, acalmam este sistema.
5- Fazer terapia também se torna importante. Procure um bom terapeuta para ver qual o tipo de terapia deverá ser feita. E assim descobrir os motivos específicos do porque sua amígdala esta se ativando além da conta. E juntos na terapia poderão erradicar essas raízes e desenvolver estratégias para que você possa viver uma vida mais saudável e plena.
Tudo isso pode amenizar sua ansiedade, trazer mais calma a sua vida e até curar doenças que foram decorrentes dos estados de ansiedade e estresse.
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Gostei… Realmente são ótima dica parabéns
Adorei muito interessante estas dicas
adorei, ajudou bastante na compreensão de ansiedade e stress.