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Saiba mais como se desenvolve o sentimento de Rejeição e como isso afeta a Auto Estima!

Saiba mais como se desenvolve o sentimento de Rejeição e como isso afeta a Auto Estima!

22/09/2015

 

A rejeição é uma das coisas que mais afeta a autoestima. Ainda mais quando acontece durante a infância, fase em que estamos mais vulneráveis emocionalmente. É nessa fase que o ser humano aprende gradativamente a se amar através do amor que recebe dos pais e adultos importantes à sua volta.

 

O alimento vital para o fortalecimento da auto estima e amadurecimento gradativo da criança é o amor que ela recebe dos pais ou cuidadores. Entretanto, quando a criança não recebe esse amor e/ou sofre rejeição, ainda que seja por poucas vezes, ela interpreta que não tem valor, que tem algo de errado dentro de si e por isso não é digna de receber amor. “Se nem meus pais me amam, só pode ser culpa minha por algum defeito que tenho”. É assim que funciona a distorcida compreensão infantil.

 

A criança passa a desenvolver uma auto rejeição. Não amadurece emocionalmente de forma plena e carrega marcas de insegurança na sua autoestima que permanecem mesmo depois de se tornar adulta.

 

Como a maioria de nós não recebe amor da maneira como precisamos, ou de alguma forma este fluxo de amor pode ter sido interrompido por algum fator traumático ou até mesmo vários, e a criança não recebe o amor de forma adequada e suficiente para que consiga suprir a carência durante a infância, acabam carregando alguma dose de auto rejeição. O gatilho da auto rejeição é puxado todas as vezes que alguém nos rejeita. É como se, em algum nível, ainda estivéssemos tendo a mesma reação infantil de achar que não temos valor quando alguém demonstra ter ficado insatisfeito conosco. Por isso é que dói tanto ser rejeitado.

 

Se estivermos plenamente amadurecidos emocionalmente, não ficaremos incomodados pelo fato de alguém não nos aprovar. Entenderemos que esse não é um problema nosso e ficaremos em paz. Ou seja, a nossa auto aprovação não dependeria da aprovação dos outros.

 

Buscamos a aprovação das outras pessoas para que nós mesmos possamos nos aprovar. Isso nos torna dependentes emocionais, como se ainda fôssemos crianças. Ao sermos aprovados por alguém, temporariamente sentimos um bem-estar que encobre a nossa insegurança. A partir daí, buscamos mais e mais aprovação para que possamos sentir esse alívio, como se fosse um vício.

 

É por causa desse mecanismo que muitas pessoas se relacionam de uma forma que parece totalmente irracional com alguém que as rejeita. Para quem olha de fora é muito fácil julgar e dizer para um familiar ou amigo que ele deve se afastar de uma determinada pessoa que só lhe causa sofrimento através da rejeição. Só que esse comportamento não é guiado pela parte racional.

 

Quem age dessa forma está viciado em tentar a buscar a aprovação de quem lhe rejeita, pois enquanto não ganha essa aprovação, sente que não tem valor. É uma forma infantil de se comportar que normalmente a pessoa não enxerga. Ela apenas sente um impulso de buscar a aprovação do outro, que muitas vezes só lhe dá algumas migalhas e a rejeita na maior parte do tempo. Esse é o caso de algumas pessoas que entram e permanecem em relacionamentos onde são maltratadas e até mesmo suportem a traição.

 

É possível também observar filhos adultos que desenvolvem esse tipo de relacionamento com os pais. Sempre são rejeitados, mas continuam fazendo tudo por eles na esperança infantil de serem aprovados em algum momento, e isso se torna uma missão de vida. Que acaba culminando na constatação que já foi feita um dia lá atrás na infância: “Eu não tenho valor, não tem jeito, tudo que eu faço não é o suficiente…”.

 

A rejeição tem o poder de minar a autoestima de tal forma, que as pessoas ficam escravizadas buscando aprovação incessante até mesmo de quem nunca será capaz de lhes dar. Ficam presas na ilusão de que só podem sentir seu próprio valor quando alguém lhe der valor. O impulso em buscar essa aprovação é tão forte quanto o impulso do dependente químico pela droga. A propósito, as regiões do cérebro quando mapeadas são as mesmas que se ativam, quando a pessoa esta “neste estado”.

 

Críticas, comparações negativas, abandono, perda de pessoas importantes, abuso psicológico, físico e sexual, bullying, indiferença, traições e decepções; tudo isso pode gerar sentimentos de rejeição.

 

Quando essas coisas acontecem na infância, os danos à autoestima são maiores devido à imaturidade da criança. E quando a criança ficar adulta, terá bem mais dificuldade de lidar com novos episódios de rejeição. A dor sentida no momento é sempre somada às feridas que ficaram da rejeição do passado, amplificando o sentimento.

 

É muito comum depois de rompimentos de relacionamentos as pessoas se sentirem tão pra baixo, rejeitadas, abandonadas, sem valor, tristes e até mesmo depressivas, pois o evento do rompimento, apenas desengatilha todos os sentimentos armazenados de rejeição e abandono, e como a esmagadora maioria não tem consciência dos sentimentos mais precoces de rejeição, costumam projetar tudo o que estão sentindo para a pessoa que desengatilhou, neste caso o parceiro com o qual romperam o relacionamento que além de despertar sentimentos adormecidos acaba também reforçando as crenças equivocadas que a pessoa tem a seu próprio respeito, como por exemplo: “Eu não tenho valor, Ninguém gosta de mim, Não sou digno de amor, Eu sou sozinho nesta vida…” e dependendo do histórico de cada um isso acontece de uma forma mais ou menos intensa.

 

Ao atender meus clientes, procuro sempre buscar eventos precoces onde tal aprendizado equivocado começou, e existem muitos meios para se chegar a isso e começar a transformar tais sentimentos e emoções e aprendizados incorretos, para algo mais coerente, e que possa conduzir a pessoa em uma vida mais livre e plena, e não ser mais direcionada por sentimentos infantis presos a tanto tempo. Seja através de hipnose, ou através de abordagens de seguem as sensações corporais, mas resumidamente através de técnicas que falam ao inconsciente. É possível perceber uma grande melhora na auto estima das pessoas depois tratarmos estas causas citadas acima, o que leva também a muitas mudanças positivas de comportamentos na vida da pessoa.

 

Entender e descobrir o poder que tem os eventos de rejeição na nossa vida é importante. Entretanto, o fundamental dissolver a carga negativa e ressignificar esses sentimentos para que possamos ficar em paz. Escolher um bom terapeuta que compreenda estes mecanismos e conheça os caminhos para o reprocessamento de tais emoções se torna fundamental na cura destas feridas.

 

Manoel Augusto

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