3 coisas que você não sabe sobre ressignificar as crenças limitantes

15/12/2020
Quantas vezes você já lutou para que as coisas dessem certo e, quando menos esperava, todos os seus planos iam por água abaixo? Isso vale para qualquer âmbito da sua vida: profissional, amoroso, familiar. E se chegou até esse conteúdo, é bem provável que já saiba que muitos desses bloqueios e planejamentos interrompidos acontecem por conta de alguns aprendizados incorretos e incompletos que vamos tendo ao longo da vida. E sabendo disso, certamente já deve ter se perguntado: “como ressignificar crenças limitantes?”
Esse é o maior desejo das pessoas que identificam ter algumas limitações, aparentemente ocultas. Já que não há quem não queira trilhar o seu caminho sem obstáculos, não é mesmo?
Acontece que as crenças limitantes estão enraizadas em um nível muito profundo do nosso ser. Essas memórias ficam armazenadas em nosso inconsciente e não é possível lidar com elas de forma superficial. Aliás, eu quero te contar 3 coisas muito interessantes que você não sabe sobre elas. Até mesmo porque o que eu vou dizer costuma ser o maior erro cometido por quem busca saber como ressignificar crenças limitantes.
1. Afirmações positivas e repetições NÃO resolvem nada
Sim, ficar repetindo a todo momento o extremo oposto de suas crenças não resolve o seu problema. Vou citar um exemplo:
Quando a pessoa tem uma crença de que não é digna de amor e que não é amada o suficiente, utilizar o extremo oposto disso a todo momento não adianta. Ficar repetindo: eu sou digna de amor e sou amada o suficiente, não resolve seus bloqueios. Aliás, prender-se a isso, acreditando ser a maneira correta de ressignificar crenças limitantes, é um grande erro. Desculpa falar assim, mas você vai fracassar se acreditar que isso vai ser o suficiente.
E eu vou explicar o motivo:
Essas crenças são algo que você vem praticando inconscientemente durante muito tempo. Seria muito fácil se apenas afirmar o oposto do que elas representam as solucionasse. Mas, não é! Até mesmo porque elas advém de experiências muito importantes de nossas vidas. E nós escolhemos – involuntariamente – acreditar nelas.
Claro que nos casos de crenças mais “identificáveis” como as que lembramos, é um pouco mais fácil de lidar e superá-las. Porém, se pensarmos nas mais profundas, que podem ser consideradas os nossos traumas, por exemplo, o processo de libertação é um pouco mais complexo. É preciso transformar o aprendizado e não apenas “sufocá-lo” com afirmações positivas. Essas experiências que impulsionam as crenças, não possuem apenas significados nos quais conseguimos pensar: elas causam sensações físicas, sentimentos e diferentes emoções.
Existe um conjunto de coisas que precisam ser trabalhadas e é por isso que apenas repetir o extremo oposto é uma maneira errada de como ressignificar crenças limitantes. Foram elas que te fizeram chegar até aqui e toda vez que você traz o extremo oposto delas, você levanta todas as barreiras do seu inconsciente como maneira de bloquear essas afirmações.
2. Nós nos agarramos a certas crenças para nos proteger de dinâmicas inconscientes
Essas dinâmicas inconscientes profundas, normalmente estão relacionadas ao nosso sistema familiar. Sabe quando uma pessoa passa o tempo todo justificando suas atitudes ao culpar os pais:
“Eu não me sinto boa o suficiente porque meus pais não me validavam.” Qualquer outro tipo de responsabilidade que se transfira para eles, fala muito mais sobre a pessoa do que sobre as atitudes dos pais.
Por exemplo: quando alguém se agarra nessas crenças, é como tentar proteger suas próprias dinâmicas inconscientes. Ou seja, se a pessoa fica se apegando a esses acontecimentos, na verdade, é como se estivesse defendendo o seu sistema familiar. Então, quando a pessoa passa a se “achar boa o suficiente”, usando ainda o exemplo anterior, é como se ela estivesse renegando esses aprendizados incorretos e o próprio sistema familiar ao qual pertence.
Aliás, em uma sessão com uma cliente que vivia mais ou menos o que expus, depois de validar essas crenças me disse a seguinte frase:
“Se eu reconheço todas as vitórias da minha vida é como se eu estivesse abandonando os meus pais”.
Profundo, não é? E em muitos casos essa constatação faz parte do processo de identificar quando nos escondemos atrás dessas crenças para blindar nosso sistema familiar e continuar pertencendo a esse núcleo.
Quando esse entendimento acontece, é possível chegar a níveis mais profundos de autoconhecimento. Pois fica nítido que aquilo que era apontado como um problema, na verdade é apenas o sintoma do que está implicitamente escondido. Então, é claro que é muito importante se validar e entender esses sintomas, mas acima de tudo é fundamental identificar o que exatamente faz com que eles venham à tona.
3. Tentar eliminar, quebrar ou destruir suas crenças não é um bom caminho para a cura
Para esse terceiro item vou trazer um exemplo muito claro: quantas vezes você já ajudou uma pessoa no momento em que ela mais precisou e, depois que as coisas melhoraram, essa mesma pessoa simplesmente esqueceu de tudo o que você havia feito por ela lá atrás? E os casos mais extremos em que você fez de tudo para ajudar aquele colega do trabalho e, de repente, ele quis “destruir” sua reputação dentro da empresa?
Que sentimentos esse tipo de atitude causa? Pois bem, toda tentativa de eliminar suas crenças limitantes é como se você estivesse tendo essas mesmas atitudes com partes importantes de você.
Sabe por quê? Porque suas crenças, seus traumas e todos os aprendizados, mesmo os incorretos, fazem parte da sua história e complementam quem você é. E isso inclui também as experiências que você teve na fase intrauterina. Pois foram todas essas vivências que fizeram você chegar até onde chegou.
Então, você realmente acha justo querer destruir essas partes tão importantes de você? Acha justo querer eliminar tudo o que te impulsionou? Mesmo que não tenha sido exatamente como você gostaria, essa é uma verdade. As suas experiências nortearam o seu caminho. E quanto mais você briga e se posiciona contra elas, mais evidentes elas se tornam. Você as reforça ao tentar destruí-las, pois elas “se voltam” contra você justamente para te lembrar que fazem parte da sua vida.
E como ressignificar crenças limitantes, afinal?
Eu sempre falo isso, então já é de se imaginar o que vou dizer: processo terapêutico. Já que essa é a única forma de, no tempo certo, conseguir chegar ao nível de autoconhecimento esperado. Não adianta querer resolver coisas tão profundas – e de uma vida toda – de uma hora para outra.
É preciso tempo, comprometimento e dedicação para que a cura seja leve e real. Se não, será apenas mais uma tentativa superficial e frustrada de ressignificar essas experiências da sua vida. Não adianta tratar o sintoma, é necessário encontrar a causa deles e aprender a lidar com o que a vida te ensinou, evitando que esses aprendizados bloqueiem ou limitem os seus próximos passos.
Você pode e tem tudo para ser feliz! Basta reconhecer a força que há dentro de você e reconectar-se com a sua essência. Eu te convido a conhecer o MIRE – Método Integrativo de Reconexão do EU. Ele pode ser um passo muito importante para o início do seu processo transformacional.

Muito bom, como sempre, Maravilhoso! GRATIDÃO!!!!!!
Boa tarde!
Bom, Manoel, vc relatou a minha vida.
Quero muito participar do Mire, mas ainda não acabei outros cursos que preciso.
Mas tenho interesse de participar, mas ainda não cabe em meu orçamento.
Mas eu ainda não desisti.
Obrigada por estas informações
aprendo sempre com suas explicações obrigada. Fazer um tratamento com voce é meu sonho.
Muito bom Manoel, identificar as causas de nossos traumas e pensamentos limitantes não trata-se de um virar de chave e sim um processo, difícil muitas vezes mas imagino que transformador no final.
Excelente.Vou procurarentender
Achei interessante o artigo, faz sentido!
Também acredito que não é possível eliminar as crenças nucleares e subjacentes, mas aprender questioná-las e assim desenvolver formas de pensar mais assertivas. Processo este, que leva tempo e carece de ajuda.
Muito interessante…!!