O poder de um abraço
30/06/2014
Por Manoel Augusto Bissaco.
O abraço é uma das formas mais antigas de demonstrar carinho entre as pessoas. A maioria de nós adora um abraço, mas poucos sabem que, quando ele dura cerca de 30 segundos, ele provoca um efeito terapêutico tanto no corpo quanto na mente.
Por volta do 22º segundo do abraço, várias reações bioquímicas começam a acontecer no cérebro. A mais importante delas é a liberação de ocitocina, o “hormônio do amor”, produzido pelo hipotálamo. Esse hormônio oferece uma série de benefícios à saúde física e mental, como relaxamento e controle de medos e ansiedades.
Vamos explorar um pouco mais sobre esse poderoso hormônio. Nos primeiros dias de vida, o vínculo entre mãe e bebê se fortalece com a liberação de ocitocina. Esse processo começa no parto, quando a substância estimula as contrações uterinas, e continua após o nascimento, na amamentação. Nesse momento, os picos de ocitocina são maiores, criando uma janela de cerca de duas horas para o estabelecimento de um vínculo profundo entre mãe e filho.
Ao longo da vida, o contato físico contínuo também estimula a produção de ocitocina. Um abraço, por exemplo, vai além de um simples gesto de carinho; ele fortalece os vínculos com as outras pessoas. Estudos indicam que animais com níveis mais elevados de ocitocina tendem a ser mais fiéis em suas relações, e isso também se aplica aos seres humanos. O amor beneficia o coração, pois a ocitocina reduz os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
As mulheres, em particular, se beneficiam ainda mais dessa substância. Quando os hormônios femininos se combinam com a ocitocina, seus efeitos ficam mais poderosos. Em momentos de tensão, a ocitocina diminui a resposta ao estresse, reduzindo os níveis de cortisol e adrenalina, além de diminuir a frequência cardíaca. Por exemplo, se você fosse a uma consulta médica com um amigo e recebesse uma borrifada de ocitocina antes, a sua resposta ao estresse seria bem mais controlada.
A boa notícia é que a produção de ocitocina não cessa ao longo da vida. Cada abraço e demonstração de carinho são pequenas vitórias contra o estresse. Esse hormônio ajuda a neutralizar os efeitos da adrenalina e do cortisol, conhecidos como os “hormônios do estresse”, tornando-os menos estimuláveis.
Além disso, ao abraçarmos, também liberamos endorfinas, os mesmos hormônios liberados após a prática de exercícios. O resultado? Bem-estar profundo.
A ocitocina, também liberada durante o orgasmo, é, portanto, um verdadeiro antídoto natural para o estresse e uma fonte de saúde emocional e física.
Para que a liberação de ocitocina aconteça de forma eficaz, o abraço precisa ser dado com afeto. Um abraço como o de Mike Tyson, com tapinhas nas costas, não vai gerar o mesmo efeito. Da mesma forma, o abraço a distância, onde os braços apenas se tocam e o corpo fica projetado para trás, não é o ideal. E o abraço gangorra, aquele em que a pessoa vai de um lado para o outro, também não funciona da mesma forma.
Um abraço realmente saudável envolve encostar peito no peito, se aconchegar e desfrutar da sensação de ser acolhido e de acolher o outro por pelo menos 20 segundos. Esse tipo de abraço é o que estimula a liberação da ocitocina e traz todos os benefícios para a saúde física e emocional.
BONS ABRAÇOS!
Abraçar e ser abraçado é mesmo sensacional. No abraço afetuoso é o melhor lugar para estar. Gosto muito disso. Mais do que o beijo, o abraço sincero nos faz sentir em ” abrigo”! É o melhor laço. Bom demais essa sensação prazerosa.
Um forte abraço,
Analia.
O abraço é importante para quem da , quanto pra quem o recebe
Só por hoje