“Me sinto rejeitado pelas pessoas”: você se identifica com essa frase?

24/08/2021
Todos os seres humanos se sentem rejeitados em alguma proporção, afinal de contas quem é que nunca se sentiu rejeitado em algum momento da vida, não é mesmo? Mas você costuma dizer com frequência: eu me sinto rejeitado pelas pessoas? A rejeição é, sem dúvida, um sentimento muito dolorido que vem acompanhado de muitos outros.
Por isso ser uma verdade, eu criei a Jornada Descontruíndo a Rejeição, em que exploro em diferentes conteúdos uma série de fatores relacionados ao tema. Se chegou por aqui agora e não está acompanhando, deixarei abaixo os links para outros dois conteúdos que podem ser muito úteis:
Quando conseguir, sugiro que dê uma lida para que possa se aprofundar nesse tema e entender melhor até mesmo a abordagem desse novo artigo. Neles eu falei sobre como a origem do trauma de rejeição pode ser bem mais profunda, sobre os “gatilhos” que costumam despertar esse sentimento, os “subsentimentos” e sobre as principais fases em que a rejeição vai se construindo em nossas vidas.
Acredito que quanto maior o nosso conhecimento sobre determinadas questões, mais possível se torna encontrar o caminho da transformação. Por isso, no conteúdo de hoje eu quero explorar as características mais profundas e os níveis em que esse sentimento pode se apresentar.
Boa leitura!
Peculiaridades da Rejeição
No conteúdo que falei sobre as fases da rejeição, expliquei que muitas questões que acontecem ao longo da vida, desde o momento da pré-concepção até a infância, podem ser as grandes causadoras desse sentimento. Pois é nesse período que acontecem os nossos maiores ensinamentos emocionais.
Se em algum momento foram criadas crenças ou aprendizados incorretos e incompletos, que coloque em dúvida o senso de valor de cada um, existe uma probabilidade muito grande de que esses aprendizados reflitam futuramente em como a pessoa vai se sentir, agir e se portar diante de determinada situação. A partir disso, existem duas peculiaridades das quais quero falar, que basicamente se resumem em duas frases:
- Eu SOU rejeitado.
- Eu ME SINTO rejeitado.
Com qual delas você se identifica? Mesmo que eu não dissesse mais nada, já é possível identificar onde, de fato, estão as diferenças de cada uma delas, não é verdade?
Mas como o meu objetivo é te ajudar a entender mesmo essas questões, vou trazer exemplos bem claros. Essas frases estão diretamente relacionadas ao nível de rejeição, por isso é importante esclarecer suas diferenças.
Eu fui um filho muito esperado, desejado e amado pelos meus pais. Então as primeiras experiências celulares de organização do meu SER ali dentro do útero, foram de ser bem-vindo benquisto. Então a rejeição, em mim, não está no nível de SER, logo, eu não sou rejeitado. Mas em muitos momentos da minha vida, em determinadas ocasiões, eu me senti rejeitado. Percebe a diferença? Mas essa é a minha história, e nem sempre é assim.
As experiências do SER definem os níveis de rejeição
Quando eu falei mais acima sobre ser rejeitado e se sentir rejeitado é porque a experiência no nível de SER influencia diretamente como a pessoa lida com a rejeição. Se, de fato, a pessoa passar por algum tipo de rejeição em algumas das fases que eu expliquei em outro conteúdo, o impacto e o nível com que isso afeta a sua vida pode ser muito mais devastador. Nesse caso, a pessoa foi mesmo rejeitada, o que deixou um aprendizado enraizado no seu ser e isso pode refletir na vida adulta.
Mas lembra que contei a minha história e disse que fui benquisto, mas que ainda assim me senti rejeitado ao longo da vida? Isso é muito comum!
Alguns pais, de tanto amor, acabam sendo “superprotetores” em relação aos filhos. A mensagem escondida por trás disso, muitas vezes, é recebida pelo nosso inconsciente como: “não sou capaz de enfrentar o mundo sozinho”. Esses pais estão, de forma involuntária, rejeitando os dons e as características e aprendizados daquele SER único.
E adivinhe só: foi exatamente isso o que aconteceu comigo.
Meus pais eram superprotetores e eu não fui rejeitado como sendo uma pessoa, mas as minhas características, habilidades e capacidades não foram aceitas. Foram rejeitadas através de comportamentos que podem parecer lindos como é a superproteção.
Eu vivi um mix disso tudo, uma ambivalência, eu fui amado e superprotegido. Em alguns momentos super incentivado, só que quando eu não conseguia fazer algo haviam muitas mensagens diretas e indiretas de que o que eu estava fazendo estava errado. Por isso eu não me sinto rejeitado no meu nível de SER, mas muitos dos meus dons e peculiaridades haviam sido rejeitados.
Você pode parar de dizer “me sinto rejeitado pelas pessoas”, se validar a si mesmo, sabia?
Quando as pessoas se prendem na busca de um propósito de vida, por exemplo, não percebem que seu propósito é qualquer coisa que faça onde os seus dons únicos tenham permissão para estarem ali. Que possam se desenvolver, sejam validados, recebidos, acolhidos e que você possa simplesmente ser quem você realmente é.
Porém chegar ao ponto de dizer para si mesmo “me sinto rejeitado pelas pessoas”, é uma maneira involuntária de afirmar que você sente a necessidade de ser aceito ou validado.
Mas sabe qual o verdadeiro problema nisso tudo? Quando ao invés de procurar um pouco dessa aceitação dentro de você, busca de forma incessante por aprovações de outras pessoas. Ou seja, quando não há uma fonte interior de validação e só o que você quer é ser aceito e agradar aos outros a qualquer custo.
Ainda sobre isso gostaria de propor a seguinte reflexão:
Que partes suas ainda não aceita? Está esperando que alguém as aceite antes mesmo de você?
Sabia que fazer o caminho inverso é muito mais efetivo? Se você começar a abrir espaço para aceitar essas partes antes de buscar a validação externa, o seu processo de transformação e cura emocional realmente será verdadeiro.
Então antes de tentar ser o melhor para as outras pessoas, tente apenas SER.
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Fui rejeitada na infância e adolescência
Muito bom o conteúdo. Está de acordo com as explicações dadas nas lives sobre rejeição.
Muito bom!
Ótima explicação!!
gostei achei bem interessante