Qual o seu propósito de vida?

18/01/2021
Sabe qual o seu propósito de vida? A sua missão e o seu papel no mundo? O que te motiva a sair da cama todos os dias para encarar o dia? Eu não espero que responda isso de prontidão, pois não é necessário. Tudo acontece no seu tempo. O que não quer dizer, de forma alguma, que ter essas respostas de imediato seja negativo. Pelo contrário, o que é nocivo é justamente achar que não saber responder seja a maior frustração da vida. Não é o que faz “você não ir para frente”. Aliás, você não está mesmo indo para frente? Acredita nisso? O que te faz pensar assim?
Talvez já tenha percebido que esse conteúdo propõe muitas reflexões e ao longo desse artigo ainda farei mais perguntas. Meu objetivo não é pressionar para que saiba como respondê-las, é apenas instigar que reflita sobre isso. No momento certo vai encontrar as respostas. Mas saiba: elas podem modificar conforme as situações da vida vão se apresentando. E não há nada de errado nisso.
“Todos tem um propósito, qual o meu?”
Esse é um exemplo de questionamento que não indico. Saber qual seu propósito de vida, não pode se tornar “O” seu propósito de vida. Talvez seja surpreendente o que eu, como terapeuta, vou contar agora: NÃO sei qual o meu propósito, não faço ideia. E isso não me torna menos importante, não faz de mim um desorientado ou frustrado. Eu nem tenho certeza se é apenas um ou se são vários. O que sei é que tenho desejos, planos e ambições. Agora, o que quero é, de alguma forma, contribuir para que as pessoas tenham uma vida mais serena, a partir do meu trabalho. Mas nem sempre foi assim, sabia?
Quando tinha 4 anos de idade passava horas copiando os desenhos dos gibis naqueles papéis vegetais transparentes. Aqueles traços me fascinavam e me davam uma paz muito grande. Eu tinha a certeza: “quando crescer quero ser desenhista”! E não fui.
Passado um tempo, meus pais incentivaram que eu praticasse diferentes modalidades de esporte. Judô, natação, futebol… o que era um martírio para mim. Eu detestava fazer exercícios físicos, mesmo. Não tinha motivação, não tinha vontade, simplesmente fazia por obrigação. Internamente, com toda a pureza de uma criança, sentia que aquilo não era pra mim.
Até que algo mudou
Aos 13 anos de idade, “virou uma chavezinha” e lá estava eu, apaixonado pelo tênis de mesa. Havia dedicação, vontade e motivação para a prática desse esporte. Naquele momento, mal sabia que durante os 18 anos seguintes faria isso. Não sei se já tinha ciência, mas era mesatenista profissional, inclusive joguei 7 temporadas na Europa. Aliás, cheguei a ser considerado o melhor atleta estrangeiro na minha categoria e consagrado como campeão brasileiro. Sim, um sucesso. Mas, no mesmo ano em que eu caí em uma depressão muito profunda e decidi que não queria mais ser um atleta. “Nossa Manoel, mas como assim? Mesmo sendo um excelente profissional abandonou a carreira?”
Internamente, lá atrás, fiz esse mesmo questionamento a mim mesmo. E naquele momento eu sabia que não queria mais aquilo pra mim. O que não sabia ainda, é que a vida pode ser muito mais surpreendente do que imaginamos.
Até que algo mudou, de novo!
Por conta da depressão profunda e desses conflitos internos, busquei ajuda em terapias convencionais e tratamentos psiquiátricos. Sentia que nada adiantava, até que me deparei com a hipnoterapia. “Fantástica, fascinante!” Era essa a sensação que eu tinha sobre essa técnica psicoterapêutica. E quanto mais contato tinha com ela, mais me conectava comigo e com essa nova paixão. Estudando e me aprofundando, tinha a certeza de que queria, de alguma forma, lidar com isso. Anos depois, aqui estou eu, escrevendo esse conteúdo no papel de terapeuta, com o objetivo de inspirar pessoas.
E sabe o porquê de falar isso tudo? Para que perceba que aquilo que desejamos, nem sempre é permanente. As percepções, prioridades e desejos mudam. Assim como você, assim como a sua vida.
Sonhava em ser desenhista e até hoje só sei fazer “bonecos palitos”. Fui atleta, e hoje não sou mais. Me deixa frustrado? De maneira alguma, pois atualmente minha felicidade está em fazer o que faço. Assim como achava, aos 4 anos, que seria feliz desenhando, assim como fui feliz enquanto atleta.
O que quero dizer com isso, é que você não precisa se agarrar a uma regra, a um único rumo. Apenas experimente cada experiência única e perceba o que elas te trazem, tanto de coisas positivas quanto de negativas. Tudo é um aprendizado e colabora para o seu crescimento.
Pense menos sobre qual o seu propósito de vida e mais sobre o que te motiva
Essa é uma dica que eu tenho e que pode aliviar um pouco “o peso” de não saber qual o seu propósito de vida. Lembra, eu disse mais acima que não é preciso saber isso para se sentir bem.
Diferentemente do que acontece em identificar qual a sua motivação, o que gosta de fazer, o que faz você se sentir feliz, o que deseja para a sua vida! Seu desejo não precisa ser o seu propósito, assim como nem sempre o seu propósito será o seu desejo. Mas sabe, não tem problema algum, desde que você se sinta bem. Desde que se sinta em paz.
O que define o nosso sucesso não é o fim da jornada, e sim como nós percorremos esse trajeto. Como está sendo o seu caminho? Como você se sente? O que tem feito para alcançar _________ (complete com seu objetivo)?
É isso que faz a diferença. Ter uma direção e seguir em busca daquilo que te traga paz, mesmo que seja preciso mudar a rota ou até mesmo o destino final. Afinal, sua definição de paz também pode mudar. É assim que as coisas acontecem, é assim que a vida se apresenta.
Antes de propor um exercício e te fazer um convite, quero dar um conselho: ter paz dentro de si, realizar o que deseja e ser feliz, não quer dizer que você não terá momentos difíceis, dias de tristeza, angústia e aflição. Esse mundo mágico não existe. Não caia na armadilha de acreditar que é possível não ter nenhuma adversidade na vida.
Dito isso, gostaria de deixar um exercício para que você faça no momento em que achar que deve.
Anote o que eu vou dizer agora:
Escreva uma carta como se estivesse contando para si mesmo como está sua vida daqui 10 anos.
Seja detalhista e escreva:
- Onde você está morando;
- Com quem está morando;
- Como você se sente;
- Como está a sua vida;
- Se você já se realizou e o que falta para que aconteça;
- Que surpresas você teve no caminho (positivas e negativas);
- Do que mais você se orgulha de ter feito durante esses 10 anos;
- Quais foram seus maiores desafios;
- Quais foram os maiores aprendizados;
Isso não é uma profecia, mas é uma excelente maneira de “plantar as sementes certas” daquilo que você quer colher futuramente. Isso ajuda a seguir nesta direção. Releia essa carta e a modifique quantas vezes forem necessárias. Mas, se possível, guarde (mesmo rabiscada) e tente lê-la daqui 10 anos. Será muito interessante analisar o que você almejou 10 anos atrás com o que de fato aconteceu.
Meu outro convite é para você se juntar a mim e a outras pessoas, na próxima turma do MIRE – Método Integrativo de Reconexão do EU. Essa experiência online explora situações muito profundas que possibilitam o autoconhecimento. E saiba, a partir do momento que você conhece sobre si, explora sua história, identifica suas crenças limitantes, ressignifica sentimentos e conecta-se com você mesmo, coisas incríveis acontecem na sua vida. Você pode ser tudo o que nasceu para ser. Você pode alcançar tudo aquilo que deseja.
Clique na imagem abaixo e conheça mais sobre o MIRE. Espero ver você por lá!
Reflexões trazidas através desse artigo, faz com que a pressão de colocamos em cima de nós mesmos se alivie e a gente comece a pensar em ser mais leve nessa busca do proposito ou relaxe a ponto das coisas da vida fluirem naturalmente. Não é simples, mas ter um novo olhar sobre, já abre novas perspectivas! Inspira e encoraja a pensar e agir fora da caixa. Muito bom🙂
Gostei muito, assisto teus vídeos e até posso dizer que gosto de ti. Abraço carinhoso da Vera.
Achei o conteúdo muito esclarecedor. Tira o peso das costas de ter que saber os verdadeiros objetivos de nossas vidas bjs gratidão