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Como melhorar o relacionamento familiar com a psicologia Pré e Perinatal

Como melhorar o relacionamento familiar com a psicologia Pré e Perinatal

01/03/2021

Você tem problemas de relacionamento familiar? Principalmente com seus pais, filhos ou irmãos? Às vezes, sente que não recebe amor o suficiente da sua mãe e vive cobrando esse amor? Constantemente se pega pensando que seus filhos não se sentem amados por você? Sabia que o trabalho de regressão intrauterina e de pós nascimento pode ajudar a entender porque essas coisas acontecem?

As abordagens do campo de Psicologia Pré e Perinatal são capazes de resgatar muitos laços familiares que, por um motivo ou outro, possam ter se perdido. 

O que é extremamente natural, pois essas relações sempre apresentam suas dificuldades. Algumas em níveis diferentes das outras, mas, hora ou outra, algum conflito de família acaba surgindo. O problema é que quando acontecem com muita frequência e é difícil encontrar as causas, tudo parece se potencializar.  

Mas, durante a busca por respostas, poucas pessoas conseguem perceber que os motivos que levam a determinadas situações, podem ter sido ocasionados há muito tempo. Tanto tempo que bem provavelmente sequer são lembrados. Já que algumas podem ter ocorrido até mesmo no período gestacional. 

Essa fase, aliás, é extremamente importante, pois tudo o que acontece na gestação deixa impactos significativos por toda a vida. A maneira como a mãe se sente quando está grávida, o tipo de ambiente que vive, as coisas que ouve e diz. Tudo chega até o feto e molda os comportamentos futuros daquele bebê em formação.  


Quer dizer que meus problemas de relacionamento familiar podem ser reflexos do período gestacional? 

 

Sim, os problemas de relacionamento familiar podem mesmo ser reflexos do período gestacional. Sabe por quê? Toda a vida é apenas uma repetição daqueles nove meses vividos dentro do útero. No momento em que o embrião está se formando, todas as informações que recebe, sendo boas ou ruins, colaboram para definir muitos comportamentos futuros. 

Mas, nem sempre acreditou-se ser assim. Durante muito tempo isso foi colocado em dúvida, pois quando o bebê nasce, a parte do cérebro que armazena as memórias ainda não está formada. 

Essa percepção se modificou bastante após uma matéria divulgada em Outubro de 2010, na revista Time, intitulada “Como os primeiros nove meses moldam o resto de sua vida – A nova ciência das origens fetais”

No texto, fica claro que o feto absorve tudo o que acontece ao seu redor enquanto está sendo gestado. É como se “incorporasse essas ofertas em seu próprio corpo, tornando-as parte de sua carne e sangue”. 

Entretanto, essas experiências não ficam guardadas no cérebro. Ficam armazenadas em nosso sistema e constituem pedaços de nós. Absolutamente tudo o que é vivenciado dentro do útero materno fica ‘impregnado’ em nosso ser de maneira extremamente profunda. Por isso, quando adultos, essas vivências exercem influências em nosso posicionamento, forma se pensar, sentir e agir. 

Para que entenda melhor, vamos imaginar que ao descobrir a gestação a mãe não tenha reagido muito bem. Por qualquer que seja o motivo, houve num primeiro momento, o sentimento de rejeição. Isso pode ser externado em um tentativa de aborto, pensamentos negativos ou sensações ruins em relação ao feto. E, geralmente, no momento em que tudo isso acontece, o coração está se formando. 

Você acredita mesmo que não tenha uma relação da formação desse embrião com as coisas que acontecem com a mãe? Incluindo as emoções e os sentimentos? Será mesmo que quem gera a vida, não transfere, mesmo que de forma involuntária, a sua energia para o ser em formação? 

O simples fato de a mãe ter rejeitado o bebê, cria, inconscientemente, um aprendizado errado sobre si mesmo. A memória armazenada de “não ser aceito” pode refletir no seu relacionamento familiar ao longo da vida. Como a própria situação citada anteriormente, de sentir constantemente que a mãe não sente amor o suficiente, por exemplo.

Mesmo que futuramente a mãe tenha modificado o seu pensamento e tenha passado a amar o filho incondicionalmente, houve, inconscientemente, um aprendizado incorreto e incompleto sobre o merecimento de amor. 


É possível acessar essas memórias ocultas
?

 

Por mais difícil que pareça, é totalmente possível acessar as memórias ocultas provenientes de situações ocorridas no período intrauterino. 

Aliás, fazer isso é justamente o que colabora para que se entenda o que pode ter acontecido, a ponto de criar uma predisposição para conflitos familiares.

Participar de uma vivência intrauterina, permite enxergar contextos inimagináveis. Já houve casos em meu consultório de pessoas que descobriram que seu problema de relacionamento familiar, na verdade, tinha causas muito mais profundas.

As desconexões com alguns dos pais, a falta de amor entre os parentes, tudo isso pode ser apenas um reflexo de traumas ou choques gestacionais. Em alguns casos, percebe-se inclusive que podem ser situações dos antepassados, memórias ancestrais. 

Porque é possível acessar isso também. Nas regressões, aliás, aparecem uma série de repetições sistêmicas que são essas memórias que vão passando de geração em geração. 

E até mesmo as repetições mais tradicionais, aqueles que sempre se repetem, podem ser reparadas e resgatar muitos laços perdidos. 

Em um dos meus vídeos do Youtube, eu explico melhor como a psicologia pré e perinatal pode contribuir para melhorar o relacionamento familiar que você tem tido até hoje. Nele também eu conto algumas histórias que ocorreram em consultório para exemplificar melhor. 

 

https://youtu.be/Hss4vWsmB_k

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Uma responsta para “Como melhorar o relacionamento familiar com a psicologia Pré e Perinatal”

  1. Carla disse:

    Eu sinto que, de maneira involuntária, rejeitei minha filha quando ela nasceu.
    Se ela participasse dessa vivência, isso não iria piorar nossa relacionamento por ter contato com aquele sentimento que tive e que não condiz com a realidade de hoje?
    Parece que iria causar mais dor a ela e um distanciamento entre nós.

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