O Choque da Anestesia no Nascimento

04/06/2025
Introdução
Desde meados do século XX – e até antes disso – pensadores da psicologia e da obstetrícia começaram a levantar questões fundamentais sobre o impacto do nascimento na vida emocional e comportamental do ser humano. O próprio Sigmund Freud cogitou, ainda que brevemente, a importância do nascimento na etiologia das psicoses humanas, antes de direcionar seus estudos para o complexo de Édipo. Essa ideia, porém, foi retomada e desenvolvida por alguns de seus discípulos.
Em 1924, Otto Rank foi um dos primeiros a propor que o nascimento é o trauma primordial, descrevendo como a experiência do parto pode deixar marcas psíquicas profundas que moldam a vida emocional do indivíduo. Mais tarde, em 1949, Nandor Fodor retomou essa perspectiva, relacionando o trauma de nascimento a padrões de comportamento e sintomatologia na vida adulta.
Avançando no tempo, o médico obstetra Michel Odent destacou a importância do ambiente emocional e físico do parto no desenvolvimento emocional e fisiológico do bebê, enfatizando a necessidade de um parto respeitoso e natural. Já Arthur Janov, com sua teoria do grito primal, aprofundou a ideia de que experiências traumáticas iniciais – incluindo o nascimento – podem gerar padrões emocionais e comportamentais marcantes e duradouros.
Por muitos anos, o nascimento foi reconhecido como um evento com potencial de impacto emocional e psicológico, mas de forma ainda global e imprecisa. Era considerado um marco, mas sem a devida atenção aos detalhes e às camadas profundas de influência. Foi o trabalho pioneiro de William Emerson que nos apresentou essas camadas, ao mapear minuciosamente os estágios do nascimento e os temas psicológicos, emocionais e comportamentais associados a cada um deles. Emerson também explorou os efeitos das intervenções obstétricas – incluindo o uso de anestesia – e os impactos dessas experiências na psique, no corpo e na vida emocional da criança e do adulto.
Neste artigo, vamos focar em um desses tópicos centrais e ainda pouco explorados: o choque de anestesia no nascimento. O uso de anestesia geral ou regional (como a peridural), frequentemente empregado durante partos cesáreos e partos vaginais, pode ter efeitos profundos e duradouros no sistema nervoso, na psique e na vida emocional do bebê – e muitas vezes essas consequências passam despercebidas tanto na assistência ao parto quanto no trabalho terapêutico.
A cesárea, em si, é um tema que também carrega muitas camadas – incluindo intervenções médicas, separação física imediata da mãe, interrupção abrupta do processo fisiológico do nascimento e outros desdobramentos emocionais – que abordaremos em artigos futuros. Aqui, o foco será a anestesia e suas reverberações na formação emocional, somática e psicológica do ser humano, tanto na infância quanto na vida adulta.
A Curiosidade Inicial de Emerson sobre os Impactos da Anestesia
O interesse profundo de William Emerson sobre os efeitos da anestesia no parto surgiu a partir de suas observações diretas em vilas rurais na Índia. Ao trabalhar e conviver com famílias locais, Emerson pôde acompanhar de perto o desenvolvimento dos recém-nascidos e os processos de vínculo materno-infantil. Ele percebeu que, mesmo em comunidades onde a prática hospitalar era mínima e o cuidado neonatal era realizado em clínicas simples, o uso de anestesia ainda era frequente durante os partos – mesmo que de forma rudimentar e improvisada, utilizando-se de anestésicos disponíveis em suprimentos básicos e com acesso limitado a recursos hospitalares.
Observando esses bebês nos primeiros dias e semanas de vida, Emerson notou diferenças radicais na qualidade do vínculo com as mães. Alguns bebês demonstravam uma conexão profunda e espontânea: mantinham contato visual prolongado e intenso, interagiam com expressões faciais e movimentos corporais sincronizados com a mãe, e exibiam uma presença psíquica marcante. Outros, por sua vez, pareciam distantes, com um olhar vago, pouca interação e ausência de reciprocidade emocional, mesmo quando as mães eram amorosas, presentes e carinhosas.
Intrigado com essa disparidade, Emerson investigou os relatos e histórias de parto de cada bebê. Ele descobriu que muitos daqueles que apresentavam dificuldades de vínculo tinham sido expostos à anestesia durante o nascimento, mesmo nos ambientes simples das clínicas de vilarejo. Essa constatação o levou a concluir que o uso de anestesia era um fator determinante na qualidade do vínculo, afetando a capacidade do bebê de permanecer presente, conectado e responsivo ao contato com a mãe.
Além disso, Arthur Janov, conhecido por sua teoria do grito primal, alertou sobre o impacto ampliado que a anestesia pode ter nos bebês. Segundo ele, “a droga atravessa a barreira placentária, fornecendo uma dose centenas de vezes mais poderosa para o bebê, de modo que nem a mãe nem o bebê podem reagir normalmente” (Janov, 1983, p. 35). Essa observação destaca que os anestésicos, mesmo em doses calculadas para adultos, podem ter efeitos desproporcionais em um organismo fetal pequeno e em desenvolvimento. Esse impacto é intensificado pela fisiologia do bebê, já que seus corpos são ricos em gordura – o que faz com que a anestesia se deposite e persista, prolongando o estado de choque e desconexão.
Embora muitos considerem anestesias como a peridural ou procedimentos relacionados – como raquianestesia e bloqueios caudais – mais seguros por serem “locais” e teoricamente não sistêmicos, Emerson e outros estudiosos identificaram que essas substâncias escapam da anatomia espinhal da mãe e se infiltram nos sistemas do bebê. Essa infiltração pode estar relacionada ao aumento das dificuldades de aprendizagem e problemas neuropsicológicos observados em crianças expostas à peridural no nascimento (Emerson, 1996d). Ou seja, mesmo as técnicas consideradas mais seguras podem carregar riscos significativos para o bebê, especialmente em relação ao seu sistema nervoso imaturo e em pleno desenvolvimento.
Essa descoberta marcou o ponto de partida para Emerson aprofundar suas pesquisas sobre os impactos da anestesia no parto, culminando na formulação do conceito de choque de anestesia e na exploração de suas implicações na psique, na fisiologia e nos padrões emocionais e comportamentais ao longo da vida.
O Uso da Anestesia no Parto: O Que a Maioria Não Sabe
Apesar do uso difundido da anestesia – especialmente em partos cesáreos e com peridural – poucos profissionais da área da saúde, incluindo anestesistas e obstetras, estão plenamente cientes dos impactos que essas substâncias podem ter no bebê. Isso porque a anestesia é administrada em doses calculadas para adultos, sem considerar que essas mesmas substâncias atravessam a placenta e chegam diretamente ao organismo do feto, um organismo pequeno, imaturo e em pleno desenvolvimento.
Contrariando a ideia de que a anestesia seria “inofensiva” para o bebê, cada dose representa um agente químico potente que pode gerar choques somáticos, psíquicos e emocionais. Essa exposição ocorre em um momento de extrema vulnerabilidade do sistema nervoso do bebê, e suas consequências podem se manifestar de forma imediata (como dificuldades de respiração, sucção e regulação) ou mais tarde na vida, com padrões emocionais e comportamentais marcados por insegurança, desconexão e travamentos diante de desafios.
Na entrevista com William Emerson, ao ser questionado sobre o trauma da anestesia, ele revela com clareza:
“Nem os anestesistas sabem disso que eu vou falar. A cesárea é perigosa. A ciência já provou isso. É muito perigosa para a mãe e para o bebê. E 100% das mães que fazem cesárea recebem doses de narcóticos. Eles chamam de anestesia, mas são narcóticos. E os narcóticos têm um efeito muito negativo no corpo humano. Eles realmente impedem os níveis de vínculo que podem acontecer após o parto. Bebês afetados pela anestesia, afetados pelos narcóticos, não conseguem fazer breast crawl. Mas os que nascem de parto natural, podem. Os bebês rastejam, são colocados na barriga da mãe e encontram o mamilo sozinhos. Isso é essencial para a conexão e para o desenvolvimento do vínculo seguro.”
Emerson destaca que a anestesia utilizada durante a cesárea – comumente associada a substâncias narcóticas – não apenas interfere na fisiologia inicial do bebê, mas também afeta diretamente a formação dos hormônios do vínculo, como a oxitocina. Além disso, os altos níveis de cortisol liberados pela mãe durante a cesárea (um hormônio ligado ao estresse e ao trauma) atravessam a barreira placentária, intensificando o impacto sobre o bebê e contribuindo para a instalação precoce de padrões de estresse e desconexão.
Essa informação crucial, ainda pouco divulgada, evidencia que a anestesia e suas implicações vão muito além do alívio da dor materna. Trata-se de um fator determinante para a forma como o bebê vivencia a transição para a vida e, mais tarde, como essa experiência se reflete nos vínculos, nas emoções e no comportamento.
Evidências Científicas Além de Emerson e Castellino
Embora William Emerson e Ray Castellino tenham desempenhado papéis pioneiros na identificação e sistematização do impacto da anestesia no nascimento, o tema começou a despertar o interesse de outros pesquisadores e centros de pesquisa ao redor do mundo. Estudos recentes vêm trazendo evidências adicionais que corroboram e expandem essas observações clínicas.
Pesquisas acadêmicas e clínicas indicam que a exposição a anestesia no período pré e perinatal está associada a alterações neurobiológicas, comportamentais e emocionais no desenvolvimento infantil:
Universidade de Columbia (EUA): Um estudo longitudinal revelou que crianças expostas à anestesia geral durante a gestação apresentaram um risco aumentado de desenvolver transtornos comportamentais disruptivos e internalizantes, incluindo sintomas de TDAH e transtornos de ansiedade.
Estudo de coorte na Austrália Ocidental: Observou que a exposição pré-natal a anestesia geral se correlacionou com pontuações mais altas em comportamentos externalizantes aos 10 anos de idade, sugerindo um impacto persistente nas funções de regulação emocional e social.
Revisão na British Journal of Anaesthesia: Destacou que complicações anestésicas durante o parto estão relacionadas ao desenvolvimento de sintomas de estresse pós-traumático relacionados ao nascimento (CB-PTSD) tanto em mães quanto em bebês, além de possíveis dificuldades de vínculo e regulação emocional subsequentes.
Além dos dados quantitativos, há um crescente corpo de observações clínicas e relatos terapêuticos que apontam para os efeitos do choque de anestesia. Essas experiências frequentemente emergem na prática clínica por meio de sintomas corporais (como tensão crônica e padrões de congelamento), dificuldades de vínculo, ansiedade inexplicável, e sensações recorrentes de desorientação ou “desligamento”.
Essas evidências, mesmo ainda parciais, reforçam a ideia de que a anestesia administrada durante o parto não é tão inofensiva quanto se imagina. Pelo contrário, ela atua diretamente no sistema nervoso imaturo do bebê, alterando o equilíbrio neuroquímico, interrompendo a autorregulação e comprometendo os processos naturais de vínculo.
Choque de Anestesia
O choque de anestesia é uma experiência profunda e impactante para o bebê, ocorrendo quando anestésicos são administrados durante o parto. Segundo William Emerson, essa vivência se manifesta em três condições interligadas, que afetam de forma marcante os sistemas sensorial, motor, emocional e cognitivo do bebê em desenvolvimento.
A primeira condição surge com as mudanças corporais e psicológicas repentinas e inesperadas que acompanham a administração dos anestésicos. Para o bebê, os anestésicos chegam como uma surpresa esmagadora, interrompendo abruptamente a continuidade de sua experiência no útero e provocando uma sobrecarga sensorial e fisiológica. Além disso, os bebês frequentemente recebem doses desproporcionais de anestésicos, já que a dosagem é calculada com base no peso da mãe, sem considerar a delicadeza do organismo fetal. O corpo do bebê, rico em gordura, tende a reter a anestesia, prolongando seus efeitos e agravando o estado de choque.
As mudanças físicas e psicológicas associadas ao choque de anestesia incluem as seguintes experiências, que costumam ocorrer em sequência ou sobreposição:
- Choque surpreendente: sensação de susto, medo intenso e opressão causados pela chegada abrupta de sensações corporais desconhecidas e perda de controle.
- Percepção de insulto ao sistema do self: sentimento interno de “Eu estava indo bem, poderia ter feito isso sozinho”, gerando frustração e impotência.
- Perdas súbitas ou progressivas de consciência e estado de alerta: a mente do bebê se distancia da experiência, criando um estado de espaçamento ou torpor.
- Perdas de energia vital: sensação de que a energia está sendo drenada do corpo, gerando um esgotamento extremo.
- Perdas de orientação e direção: desorientação física e psíquica, sem saber “para onde ir” ou “o que fazer”.
- Perdas de controle e poder: percepção de terror diante da incapacidade de se mover ou reagir.
- Perdas do funcionamento físico: dificuldades motoras, hipotonia e falta de resposta corporal.
- Perda profunda de consciência: medo extremo de morrer, sensação de quase inconsciência, com energia vital mínima apenas para “manter a vida”.
A segunda condição do choque anestésico está relacionada à presença prolongada dos anestésicos nos corpos das mães e, em maior proporção, nos bebês. Esse fator mantém os níveis de consciência diminuídos e prolonga o estado de choque, estendendo seus efeitos para além do momento do nascimento e afetando os primeiros momentos pós-parto.
A terceira condição diz respeito às respostas emocionais e físicas das mães à anestesia. Quando a mãe experimenta choque – seja por reações alérgicas, falta de preparo ou mesmo pelas alterações corporais repentinas induzidas pela anestesia – esse estado é transmitido diretamente ao bebê. A neurofisiologia do choque materno é compartilhada através da interface placentária, fazendo com que o bebê absorva não apenas a anestesia em si, mas também a resposta emocional e fisiológica da mãe a essa intervenção.
Essas três condições do choque anestésico nos mostram como a experiência do nascimento – e, especialmente, o uso de anestesia – pode moldar profundamente o desenvolvimento emocional, físico e comportamental do ser humano desde os primeiros momentos de vida.
Impactos na Vida Adulta: Quando o Corpo Lembra
O choque de anestesia no nascimento não é uma experiência que desaparece com o tempo. Pelo contrário, seus registros somáticos e emocionais podem permanecer latentes no corpo e no sistema nervoso, influenciando profundamente a forma como o indivíduo se sente, se relaciona e lida com a vida ao longo dos anos. Essas memórias não surgem na lembrança consciente, mas se manifestam em padrões emocionais e comportamentais que parecem não ter explicação clara – como se a pessoa estivesse “revivendo” algo sem saber.
Evidências científicas apontam para os efeitos duradouros da exposição precoce à anestesia. Um estudo sueco publicado no JAMA Pediatrics analisou dados de mais de 190.000 crianças nascidas entre 1973 e 1993 e identificou que aquelas expostas à anestesia geral antes dos 4 anos de idade apresentaram uma redução leve, porém consistente, no desempenho acadêmico e nos escores de QI na adolescência. Embora as diferenças sejam sutis, os dados sugerem que a anestesia precoce pode impactar o desenvolvimento neurológico. Uma revisão sistemática recente (2024), publicada no Journal of Language and Health, também concluiu que a anestesia geral em bebês e crianças pode afetar o desempenho acadêmico, o QI, a proficiência linguística, o comportamento e as habilidades sociais, além de estar associada a distúrbios neuropsicológicos e neurodesenvolvimentais.
Essas descobertas reforçam a ideia de que o choque químico e a alteração do equilíbrio neuroquímico no nascimento, provocados pela anestesia, podem se manifestar na vida adulta por meio de padrões emocionais e comportamentais, tais como:
- Sensação inexplicável de desconexão, como se o adulto estivesse “fora do corpo”, “assistindo à vida de fora”, ou não conseguisse se engajar plenamente nas experiências.
- Sensação de perder os detalhes, onde a pessoa consegue prestar atenção ao todo, mas os detalhes da experiência passam despercebidos, configurando um padrão de percepção dissociada.
Dificuldade de estabelecer e sustentar vínculos seguros, como se “conectar” fosse arriscado ou impossível. - Medos difusos e estados de alerta constante, com o sistema nervoso condicionado ao congelamento e à dissociação, gerando ansiedade e dificuldade de relaxar.
- Padrões de travamento e procrastinação, com dificuldades em iniciar projetos, manter consistência ou lidar com desafios, muitas vezes enraizados na sensação inicial de impotência e desconexão vivida no nascimento.
- Tendências depressivas e alterações de humor, associadas ao desequilíbrio neuroquímico e à dificuldade de autorregulação emocional.
Um dos efeitos mais profundos do choque de anestesia – e que frequentemente passa despercebido – é a desconexão com as próprias sensações e emoções. Esse estado, que lembra a dissociação, pode ser observado na qualidade do olhar, na postura e no tônus muscular. Enquanto a dissociação tende a afastar totalmente a pessoa da experiência, a anestesia deixa uma marca sutil, mas constante, de desconexão parcial: o indivíduo parece presente, mas com uma percepção “embaçada”, incapaz de sentir plenamente ou perceber nuances emocionais e sensoriais.
Emerson observou que as recapitulações do choque anestésico na vida adulta ocorrem, em geral, em situações que envolvem mudanças repentinas e inesperadas: terremotos, acidentes, crises de saúde, divórcios, perdas de emprego, mortes, ou mesmo durante atividades que provocam alterações súbitas nas sensações corporais – como sexo, esportes ou práticas meditativas. O sistema nervoso, acostumado ao choque da anestesia, reage a essas mudanças como se estivesse revivendo a experiência inicial.
Ele identificou que essas recapitulações podem se manifestar de diferentes formas:
- Recapitulação direta: a pessoa revive diretamente o estado do choque anestésico. Por exemplo, um cliente relatou sentir um medo paralisante ao perceber uma mudança inesperada em sua parceira, revivendo o susto e o medo de morrer que sentiu quando a anestesia o invadiu no nascimento. Na vida, ele experimentava a perda de orientação e de energia, chegando a desmaiar ou “desligar” mentalmente nessas situações. Após o trabalho terapêutico, essas situações passaram a despertar apenas surpresa e curiosidade, sem mais o terror anterior.
- Recapitulação evitativa (eliminação): a pessoa tenta evitar qualquer mudança súbita ou inesperada, temendo inconscientemente perder a consciência, o controle ou a vitalidade. Exemplos incluem pessoas que mantêm rotinas rígidas, controlam obsessivamente variáveis em suas vidas e evitam álcool, drogas ou qualquer substância que altere seu “ambiente corporal interno”. Um exemplo relatado por Emerson foi o de um cientista de laboratório que introduzia mudanças em seus experimentos de forma meticulosa, antecipando todas as possibilidades para minimizar surpresas e manter a previsibilidade. Essa estratégia era uma forma inconsciente de evitar reviver o estado de choque.
- Recapitulação evasiva (identificação): a pessoa, ao invés de evitar, identifica-se com o choque e o projeta sobre os outros, provocando neles a mesma sensação. Emerson descreveu o caso de um sargento militar que, inconscientemente, induzia medo e paralisia em seus subordinados, repetindo a experiência anestésica que ele próprio sofreu ao nascer. Sua personalidade se tornou o meio para reviver e externalizar o choque que carregava.
- Recapitulação confrontante: pessoas que enfrentam ativamente as forças que as traumatizaram, transformando a memória do choque em uma motivação para ajudar outros. Emerson relatou o caso de uma enfermeira que, após ter sido anestesiada no parto e perdido a consciência, se dedicou a ensinar técnicas de aumento da consciência, incentivando partos sem drogas e promovendo uma conexão mais profunda entre mães e bebês. Ela transformou a memória traumática em um impulso para educar e curar.
Essas recapitulações revelam a complexidade das respostas humanas ao choque da anestesia: algumas pessoas revivem diretamente o trauma, outras tentam evitar qualquer situação que lembre o choque, outras ainda o projetam para fora, e algumas o transformam em motivação. Essa diversidade de respostas mostra como o impacto da anestesia no nascimento pode moldar não apenas o comportamento individual, mas também os padrões relacionais, profissionais e até sociais ao longo da vida.
Independente da forma como cada pessoa recapitula ou revive inconscientemente o trauma do choque anestésico – seja direta, evasiva, identificatória ou confrontante – o que ocorre é uma reativação desse trauma original, que continua operando no corpo e na psique. A excelente notícia é que esse choque, tão profundo e abrangente em nossas vidas, pode ser transformado. A seguir, trarei o meu próprio caso clínico, além de relatos de clientes, para ilustrar como é possível acessar e integrar essas memórias, resgatando vitalidade, confiança e presença na vida.
O nascimento como experiência de construção de confiança
O nascimento, em sua essência, é uma experiência de construção de confiança – não apenas entre mãe e bebê, mas principalmente do bebê com ele mesmo. Durante o parto vaginal, o útero se contrai para empurrar o bebê para fora, e o bebê empurra de volta, estabelecendo um trabalho coordenado e harmônico, onde o esforço conjunto fortalece a sensação de capacidade, autonomia e confiança.
No entanto, quando a anestesia é administrada à mãe durante o trabalho de parto vaginal, ela perde a força das contrações e não consegue mais colaborar ativamente. Isso frequentemente leva a intervenções, como pressão externa na barriga da mãe, uso de fórceps ou ventosas, rompendo essa harmonia.
Para o bebê, essa experiência deixa uma marca profunda na memória implícita: uma sensação de fracasso, impotência e desconexão, como se não tivesse conseguido atravessar o canal de nascimento por si só, ou como se o apoio e a presença ativa da mãe tivessem “desaparecido” no momento mais crucial. Além disso, há o impacto direto da anestesia no próprio organismo do bebê, criando uma combinação de efeitos fisiológicos e emocionais.
Essa vivência pode se refletir na vida adulta como:
- Dificuldades com autoconfiança e percepção de esforço próprio.
- Sensação de não ter força suficiente para enfrentar desafios.
- Padrões de desconexão ou dificuldade de estabelecer colaborações e vínculos seguros.
Essa é uma característica que emerge não apenas do efeito direto da anestesia sobre o sistema do bebê, mas também das consequências indiretas do uso da anestesia na mãe, que rompe o fluxo natural do parto vaginal e interfere no sentimento de realização e capacidade do bebê.
Caso clínico 1: Minha jornada de libertação do choque de anestesia
Em 2013, passei por um processo terapêutico dentro da Terapia Somática Pré e Perinatal. Durante uma sessão focada em liberar memórias implícitas do nascimento, fui colocado em uma postura específica, com toques suaves na cabeça, para estimular a memória implícita e acessar as camadas mais profundas da minha experiência de parto.
Logo começaram a emergir lembranças e sensações ligadas à minha cesariana de nascimento. Percebi que havia absorvido o medo intenso da minha mãe após a administração da anestesia: um medo paralisante de ficar aleijada, de morrer ou de me perder. Esse medo profundo, não verbalizado, foi internalizado por mim, que, ainda bebê, absorvia toda essa ansiedade e desconexão.
Conforme o processo terapêutico avançou e fui liberando esse medo que havia se alojado no meu corpo, uma sensação ainda mais profunda e familiar começou a emergir. Percebi que uma tensão recorrente do lado direito do corpo – especialmente na região das costelas, ombro e costas – estava diretamente ligada a esse trauma inicial. Durante anos, enquanto competia como atleta profissional, essa tensão me acompanhou, causando colapsos em momentos cruciais de competição. Perdia a coordenação motora fina, cometia erros bobos e sentia meu corpo “desligar”, como se estivesse desconectado de mim mesmo, como se meu corpo não me obedecesse.
À medida que meu corpo foi liberando o choque da anestesia, surgiu uma sensação poderosa e emocionante de estar recuperando a agência sobre meu corpo. Eu sentia, pela primeira vez, que estava me apossando das minhas próprias sensações, que os locais do meu corpo antes anestesiados ou desconectados voltavam a me pertencer. Era como se eu estivesse me reconectando comigo mesmo, sentindo a vitalidade e a presença real naqueles pontos.
Com o tempo e o trabalho terapêutico continuado, fui descarregando essas memórias e integrando as sensações. Senti meu corpo retomar a vitalidade, minha mente clarear e minha confiança se fortalecer. Passei a enfrentar desafios com mais naturalidade, sem aquela ansiedade paralisante e sem a sensação de estar desconectado ou aéreo.
Essa experiência foi transformadora. Ela me mostrou o poder das memórias implícitas e o quanto elas podem influenciar nossas escolhas, comportamentos e emoções – mesmo décadas depois do evento inicial. Aprendi que o corpo guarda registros profundos e que, ao acessá-los e integrá-los com respeito e segurança, podemos abrir espaço para uma nova forma de estar no mundo.
Hoje, essa vivência é a base do trabalho que compartilho com outros terapeutas e profissionais: ajudar a acessar, liberar e transformar essas memórias ocultas, para que cada pessoa possa viver com mais leveza, confiança e autenticidade.
Caso clínico 2: “Lucas” e a memória do choque da anestesia
Durante um processo terapêutico, “Lucas”, um homem de 35 anos, começou a relatar sensações corporais intensas e desconfortáveis. As manifestações surgiram inicialmente como dores intensas e localizadas em todo o lado direito do corpo – começando na sola do pé, subindo pela perna, passando pela região posterior e lateral da coxa, quadril, lombar e chegando até o ombro. Essas dores eram tão fortes que ele se via forçado a se sentar de lado, evitando a pressão do lado afetado.
À medida que o processo terapêutico avançava, as dores físicas foram se dissipando, mas deram lugar a algo ainda mais profundo. Em determinado momento, Lucas começou a relatar uma sensação crescente de torpor, sonolência e desconexão, como se estivesse grogue e distante, acompanhado por uma intensa tristeza e medo sem causa aparente. Sua visão ficou turva, e ele se viu incapaz de permanecer presente na experiência.
Aos poucos, essas sensações evoluíram para uma paralisia do lado direito do corpo, com perda de força na perna e no braço, e uma postura curvada, como se estivesse “desligando” do ambiente. Essa sensação se manteve por um longo período, acompanhada por um sentimento avassalador de impotência e desconexão, até que, após a descarga emocional e somática, o corpo e a mente foram retomando o equilíbrio.
Ao integrar essa experiência, Lucas pôde perceber que esses padrões de desconexão e impotência não eram novos em sua vida. Ele relatou que, desde jovem, especialmente em situações esportivas e de desafio, como partidas de futebol ou competições, sentia uma estranha desconexão: perdia a coordenação, cometia erros simples, ficava “aéreo” e ansioso, e frequentemente congelava diante de desafios. Essa sensação era acompanhada de uma ansiedade excessiva, que o impedia de acessar seu potencial.
Com o avanço do processo terapêutico, Lucas passou a reconhecer que esses padrões estavam profundamente relacionados a uma memória implícita do choque da anestesia vivenciada no nascimento, que emergiu durante o trabalho corporal. A descarga somática e emocional permitiu que ele reorganizasse essas memórias corporais e começasse a se mover com mais naturalidade e confiança. Após o trabalho terapêutico, relatou uma mudança significativa: a ansiedade excessiva diminuiu, o corpo respondeu com mais força e harmonia em situações de desafio, e a sensação de estar “desligado” ou “aéreo” desapareceu.
Este caso ilustra como o choque da anestesia no nascimento pode criar registros profundos e duradouros, que se manifestam anos depois como dificuldades corporais, emocionais e cognitivas, mas que podem ser acessados, elaborados e integrados com abordagens terapêuticas sensíveis ao corpo e à história primal.
Caso Clínico 3: “Ana” e o medo invisível das mudanças
Durante suas sessões dentro das práticas da Terapia Somática Pré e Perinatal, “Ana”, uma mulher de 42 anos, começou a relatar uma ansiedade inexplicável que surgia sempre que enfrentava mudanças inesperadas – desde alterações simples na rotina diária até eventos mais significativos, como mudanças de emprego ou reviravoltas nos relacionamentos. Ela descrevia uma necessidade quase obsessiva de antecipar todas as possibilidades, controlar variáveis e evitar surpresas a qualquer custo. Vivia com um medo constante de perder o controle e se sentia esgotada pela necessidade de estar sempre atenta.
Durante o trabalho terapêutico, Ana acessou memórias implícitas relacionadas ao seu nascimento por cesariana, com uso de anestesia. As sensações emergiram primeiro como um vago desconforto corporal, acompanhado por imagens difusas de escuridão, confusão e torpor. À medida que o processo avançava, surgiu uma lembrança corporal mais nítida: a sensação de um choque avassalador e repentino, seguido de uma energia vital que parecia escapar do corpo, deixando-a exausta e desconectada.
Ana percebeu que, durante o nascimento, a anestesia administrada à mãe atravessou a placenta, provocando nela uma sensação súbita de paralisia, perda de orientação e um medo profundo de morrer – sentimentos que permaneceram gravados como memórias implícitas e moldaram suas respostas ao longo da vida. Na vida adulta, a forma como ela organizava sua rotina e evitava mudanças era uma recapitulação evitativa do choque da anestesia. Ela se tornara uma especialista em controle: planejava detalhadamente sua rotina, evitava novas experiências, era avessa a álcool e medicamentos, e tinha uma dieta extremamente restritiva, temendo qualquer coisa que pudesse alterar seu “ambiente corporal interno”.
Conforme o trabalho terapêutico prosseguia, Ana começou a liberar essas memórias e a sentir, pela primeira vez, que poderia relaxar e se permitir viver com mais espontaneidade. Ela descreveu uma sensação de leveza e clareza, como se o corpo tivesse deixado de carregar o peso daquele choque inicial. Aos poucos, a ansiedade diminuiu, e Ana passou a se abrir para mudanças sem sentir que sua sobrevivência estava ameaçada. Esse processo não só a ajudou a superar padrões de comportamento limitantes, mas também a reconectar-se com uma vitalidade e uma confiança internas que ela nunca imaginou que possuía.
Caso Clínico 4: “Cláudia” e o colapso antes da vitória
Cláudia, uma mulher de 51 anos, sempre sentiu uma estranha dificuldade em momentos decisivos da vida. Durante suas sessões dentro das práticas da Terapia Somática Pré e Perinatal, acessou suas memórias implícitas e percebeu que, mesmo diante de situações em que sabia estar preparada – como uma apresentação importante, a defesa de um trabalho ou uma grande conquista – era invadida por uma sensação inexplicável de colapso e paralisia.
Ela relatou que, antes desses momentos, seu corpo entrava em estado de alerta: batimentos cardíacos acelerados, tensão muscular, medo súbito. E então, de forma quase automática, vinha o colapso: o corpo parecia não reagir, a mente travava, as palavras sumiam. Com um grande esforço, Cláudia conseguia se recompor, retomar o controle e concluir o que precisava ser feito. Era como se, mesmo em meio ao caos interno, uma parte dela soubesse que conseguiria. E conseguia – sempre com louvor, sempre superando. Mas a vitória, que deveria ser motivo de alegria e celebração, era acompanhada de uma sensação de vazio, desalento e desconexão.
Ela percebia que, após as conquistas, sentia como se aquilo não tivesse valor, como se não houvesse vitalidade ou alegria. Descreveu a experiência como um “colapso seguido de um grande esforço e, no final, uma desistência emocional”. Essa dinâmica se repetiu não apenas em situações acadêmicas, mas também em aspectos pessoais: na compra de um apartamento, no casamento, na realização de projetos importantes. Sempre o mesmo ciclo: uma preparação intensa, o colapso, o esforço para superar, a conquista… e depois, o vazio.
No processo terapêutico, Cláudia pôde reconhecer que essa dinâmica estava diretamente relacionada ao choque de anestesia que experimentou ao nascer. A anestesia administrada à sua mãe durante o parto atravessou a placenta e chegou até ela, provocando um choque profundo no sistema nervoso, seguido de uma perda súbita de energia e consciência. Essa experiência ficou registrada como memória implícita, moldando suas respostas corporais e emocionais às situações de estresse e conquista. Ela percebeu que, assim como no nascimento, quando “desligou” diante do impacto da anestesia e depois precisou lutar para retomar a vitalidade, sua vida adulta repetia esse padrão de colapso, esforço extremo e desconexão final.
O reconhecimento desse padrão permitiu a Cláudia iniciar um processo terapêutico profundo para processar e integrar os aspectos do choque de anestesia que estão se mostrando dentro do trabalho somático. Ao longo desse percurso, ela está começando a sentir mais presença, alegria e gratidão nas pequenas e grandes vitórias, abrindo espaço para se reconectar com a própria vitalidade e presença. Este é um processo contínuo, sem soluções mágicas, que demonstra como a terapia somática pré e perinatal pode oferecer suporte para acessar e transformar essas memórias profundas de forma segura e respeitosa.
Quando o trauma da anestesia se mistura com traumas mais antigos: uma interação profunda
A experiência de anestesia no momento do nascimento não acontece de forma isolada – ela interage diretamente com experiências anteriores que o bebê já teve dentro do útero, e até mesmo antes da concepção. Isso significa que o trauma do choque anestésico pode se combinar com memórias profundas e não resolvidas, ampliando seu impacto.
Um dos fatores mais importantes nessa interação é a exposição pré-natal a substâncias químicas, como o uso de álcool, cigarro e outras drogas pela mãe (ou pelo pai, que podem afetar a qualidade do esperma). Essas substâncias já provocam um ambiente corporal alterado e tóxico para o bebê em desenvolvimento. Quando a anestesia é administrada no nascimento, o bebê pode reviver e intensificar essa sensação de ser invadido por algo químico, que o entorpece e o impede de agir.
Outro fator poderoso é o chamado afeto umbilical – o modo como as emoções da mãe são transmitidas ao bebê através do cordão umbilical. Se a mãe experimentou medo, ambivalência ou até mesmo rejeição ao descobrir a gravidez, o bebê pode ter absorvido esses sentimentos como se fossem seus. Quando a anestesia entra em cena no momento do parto, o corpo do bebê pode “lembrar” dessas sensações: a anestesia pode ser vivenciada como uma continuação da sensação de não ser desejado, de ser controlado ou impedido de viver plenamente.
Além disso, se a concepção aconteceu em um contexto marcado por abuso de substâncias ou em um momento emocionalmente conturbado, o bebê pode carregar essa memória. Mesmo que nenhuma substância tenha sido usada no parto, o choque da anestesia pode despertar a lembrança implícita de que “a minha existência foi um acidente”, ou “fui gerado em um ambiente tóxico e sem amor”.
Por fim, o ambiente intrauterino também tem um papel fundamental. Situações como exposição a poluentes, estresse emocional intenso, relações familiares difíceis, ruídos altos e estímulos irritantes podem ser internalizadas pelo bebê como memórias somáticas de toxicidade e desconforto. A anestesia no parto pode funcionar como um gatilho que faz o corpo reviver essas experiências antigas, somando o impacto químico do presente com as experiências pré-natais não resolvidas.
Essa interação profunda entre anestesia e traumas anteriores mostra que o nascimento é um momento que não desconecta do que veio antes, mas sim um ponto culminante de experiências corporais e emocionais que começam muito antes do parto.
Conclusão: A urgência de olhar para o início da vida
O choque de anestesia no nascimento permanece invisível para a maioria, mas deixa marcas profundas na psique, no corpo e na vida emocional. É hora de ampliar nosso olhar, reconhecendo que muitas raízes de padrões emocionais e somáticos estão nos momentos mais iniciais da vida.
Por isso, convido você a mergulhar nesse universo essencial e transformador, seja para a própria jornada, seja para se tornar um terapeuta capaz de curar na origem.
Vivência Pré e Perinatal
A única imersão no Brasil baseada diretamente no trabalho de William Emerson e na Terapia Somática Pré e Perinatal (PPN), cuidadosamente criada para pessoas que desejam acessar as memórias corporais e emocionais mais profundas – aquelas que se formaram durante a gestação e o nascimento.
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🔸 Liberar registros somáticos, emocionais e energéticos que influenciam sua vida atual e limitam seu potencial.
🔸 Redescobrir a força e a confiança internas, através de exercícios corporais, vivências profundas e acompanhamento seguro e sensível.
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Esta vivência é aberta a todos que desejam compreender e transformar suas raízes – seja para o próprio crescimento e liberdade, seja para aprimorar a escuta e a atuação terapêutica.
Formação em Cura de Feridas Pré e Perinatais
A maior e mais completa formação da América Latina na área da Psicologia Pré e Perinatal, baseada diretamente no trabalho de William Emerson, pioneiro e referência mundial no campo.
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🔸 Aprender a identificar e a trabalhar com memórias implícitas de gestação, nascimento e pós-parto que moldam os padrões emocionais e comportamentais.
🔸 Dominar técnicas de abordagem corporal, somática e energética para acessar e integrar registros profundos sem retraumatizar o cliente.
🔸 Tornar-se um terapeuta capaz de oferecer um atendimento verdadeiramente transformador, indo além dos sintomas e chegando à raiz do sofrimento humano.
Esta formação é para terapeutas, psicólogos, psicanalistas, consteladores, profissionais integrativos, doulas, profissionais da saúde emocional e do cuidado infantil – qualquer pessoa que deseje mergulhar fundo e se tornar uma referência no campo da cura das feridas mais antigas do ser humano.
✨ A decisão está nas suas mãos.
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Referências Bibliográficas
Emerson, W. (1996). The Dark Side of the Womb: Discovering the Missing Piece in Human Development. Emerson Training Seminars.
Janov, A. (1970). The Primal Scream: Primal Therapy: The Cure for Neurosis. Putnam.
JAMA Pediatrics. (Ano a ser adicionado). Association between early exposure to anesthesia and cognitive outcomes: A cohort study in Sweden. [Adicionar ano e detalhes do estudo específico].
Journal of Language and Health. (2024). Systematic review on the impact of early anesthesia on cognitive and behavioral outcomes. [Adicionar detalhes do artigo específico].
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