Autossabotagem: porque fazemos e como transformar
22/10/2020
Sua vida parece que não vai pra frente? Você tem sonhos, metas e objetivos, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, mas sente que não consegue ter sucesso em nada do que faz?
Para piorar, você não sabe mais a quem recorrer. De tanto tentar e não dar certo, está desistindo de ter uma vida melhor. Por vezes até pensa que não nasceu para ser feliz e se acostuma com essa ideia absurda.
E tudo isso pode ser resultado de autossabotagem. Isso mesmo! O problema de sua vida não andar pra frente pode estar aí dentro de você. Mais especificamente nas suas crenças limitantes. E o lado bom é que existe solução, pois depende apenas de você para conseguir reconhecê-las e tirá-las do seu caminho.
Quando alguém passa por situações difíceis, fica tentando encontrar respostas e justificativas externas, mas dificilmente atrela seus problemas à autossabotagem. Mas, é totalmente compreensível não reconhecer esse inimigo, já que admitir que você (mesmo sem saber) pode estar ocasionando tais situações em sua vida é um tanto complicado. Todos nós, mesmo sem saber, praticamos a autossabotagem. E quanto mais negamos esse fato, mais as coisas parecem dar errado.
Crenças limitantes: o motivo pelo qual você se autossabota
É importante explicar porque você pratica autossabotagem. Sabotagem é qualquer ação que prejudique algo de funcionar regularmente. E, de certo modo, é exatamente isso o que ocorre em momentos complicados das nossas vidas.
São nessas épocas que mais nos autossabotamos, agindo de forma inconsciente e movidos por sentimentos negativos e nocivos a nós mesmos.
E isso ocorre porque existem ligações em nosso inconsciente que estão conosco há anos, e que nos fazem tomar atitudes erradas e prejudiciais a nós mesmos. São as chamadas crenças limitantes.
Elas são formadas pelas experiências que acontecem ao longo de nossa jornada, até mesmo do nosso nascimento, quando ainda estamos no ventre de nossas mães. É na gestação, por exemplo, que temos as primeiras sensações decorrentes do “mundo externo” e que tiramos algumas conclusões sobre a vida. Tudo isso de forma inconscientemente, é claro.
Uma característica comum é que as crenças limitantes são formadas especialmente por situações traumáticas que impactam em todo o nosso ser ou a partir de aprendizados incorretos e incompletos. E, infelizmente, nos acompanham até o momento em que sejam identificadas e que seus traumas causadores sejam curados.
Como essas memórias muitas vezes são ocultas, acaba sendo mais difícil ter acesso a elas. Mas, o fato de estarem escondidas não significa que não exerçam influência sobre a nossa vida. Muito pelo contrário! Elas afloram a todo momento, a cada ação do nosso corpo e da nossa mente.
Nossa reação diante de algumas ocasiões, nossos padrões comportamentais e a forma como nos relacionamos com as pessoas são formuladas com base em memórias de vida. E, dependendo de como esse armazenamento ocorreu, podem surgir as crenças limitantes.
Como solucionar suas crenças limitantes e parar com a autossabotagem
Primeiramente é essencial identificarmos quais são suas crenças limitantes. Depois disso, entender sua origem e quais acontecimentos da sua vida estão atrelados a elas.
Podemos afirmar que, ao encontrar uma crença limitante, você também encontra o começo da solução de uma série de problemas da sua vida. É também uma forma de travar o ciclo vicioso de coisas erradas que acontecem com você.
No entanto, identificá-las pode ser um pouco complexo, pois elas costumam estar em um nível muito profundo do seu ser. Mas, com algumas dicas podemos colaborar para que você comece a desbravar seu inconsciente, encontrar suas crenças limitantes e curar os traumas que as causaram. Dessa maneira, você terá um caminho livre de comportamentos nocivos para a sua vida.
Comece entendendo que autossabotagem é auto amor mal direcionado
Parece estranho mas é bem isso. Inclusive vou utilizar um exemplo para facilitar o entendimento do que quero dizer: vamos supor que você tenha algum trauma (mesmo oculto) sobre relacionamentos. Quando você se apaixona, por exemplo, é claro que deseja ter uma relação saudável e feliz. Mas, se você tiver alguma crença inconsciente sobre isso, seu sistema vai acender um alerta baseado em percepções sobre relacionamentos que estão armazenados dentro de você.
Então, involuntariamente você acaba entrando em um estado de autoproteção e o seu sistema começa a lutar para te privar de algum sofrimento. Isso acaba fazendo com que você, sem perceber, não se entregue para essa nova vivência.
Por isso podemos definir a autossabotagem como auto amor mal direcionado. Essa parte, que parece autodestrutiva, na verdade não passa de autoproteção, e por isso você acaba criando alguns mecanismos de “defesa”.
Recalcule sua rota
Se você entender o primeiro item e repetir para si mesmo que, apesar de compreender que isso seja uma maneira de proteção, você prefere seguir outro caminho, será um grande passo para se libertar. No caso do relacionamento, é como se você estivesse dizendo que aceita que seu sistema esteja querendo te proteger, mas que no momento optou por ir no sentido oposto, confiando que as coisas possam ser diferentes.
Isso aos poucos faz com que essas crenças e esse aprendizados sejam atenuados, ao invés de reforçados, pois você para de alimentar esses padrões que te bloqueiam. E isso vale para qualquer situação da vida, não apenas para relacionamentos.
Respeite seu próprio tempo
Achar que da noite para o dia você vai conseguir modificar todos os padrões comportamentais adquiridos ao longo do tempo pode trazer frustrações. Até porque isso é subestimar o poder que os traumas exercem sobre nossas vidas. Qualquer transformação é um processo! Criar falsas expectativas de que no outro dia você será uma pessoa diferente é desmotivador. E, ao invés de ajudar que você se liberte, vai causar uma sensação de impotência.
Portanto, toda vez que você sentir esse “super entusiasmo” acreditando que vai reestruturar toda a sua vida de uma vez só, tenha cautela, pois isso é uma armadilha. Comece aos poucos. Escolha um único ponto que você acredite ser capaz de modificar e vá trabalhando ele no seu tempo.
Pense em uma terapia, por exemplo. Você vai em uma única sessão e sai de lá com todos os seus conflitos internos resolvidos? Espero que não! Pois isso seria muito superficial. Lidar com feridas profundas a ponto de curar os traumas demanda tempo, comprometimento e resiliência.
Espero que essas dicas ajudem a você a lidar melhor com sua autossabotagem. Mas, nada disso deve servir para um diagnóstico, pois cada pessoa é única, bem como seus traumas, suas vivências e sua história de vida.
E se você quiser saber como superar essas questões de maneira mais direcionada para o seu caso, indico que você se informa mais sobre o MIRE – Método Integrativo de Reconexão do EU. Esse workshop online pode colaborar – e muito – com o seu processo transformacional.
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