Estilo de Apego Desorganizado (Teoria do vínculo precoce Jonh Bowlby)
07/11/2015
O estilo de apego desorganizado é o último dos quatro estilos de apego, segundo John Bowlby, e apresenta características específicas que impactam o comportamento da criança e do adulto. Esse estilo se forma na primeira infância, principalmente nas interações com pais ou cuidadores.
Nos casos de apego desorganizado, os pais frequentemente têm dificuldade em coordenar suas emoções com as da criança. Eles utilizam uma linguagem inconsistente para a idade do bebê, além de expressões faciais e tom de voz ambíguos. As mensagens que a criança recebe são contraditórias, como quando o adulto diz “fique” e, ao mesmo tempo, transmite sinais de que “vá embora”.
A criança, ao mesmo tempo em que deseja se vincular aos pais, sente medo. Isso ocorre porque os pais, muitas vezes, são agressivos ou muito rígidos, fazendo com que a criança interprete esses comportamentos como perigosos. Em essência, ela aprende que “quem deveria me proteger é, na verdade, perigoso”. Isso cria uma confusão profunda, dificultando o desenvolvimento de uma comunicação clara e a compreensão de suas próprias emoções.
No contexto adulto, os efeitos desse apego desorganizado continuam a se manifestar. Indivíduos que não encontraram segurança em sua infância tornam-se adultos hiper-vigilantes. Eles têm dificuldade em relaxar e vivem constantemente tensos e preocupados. Além disso, têm dificuldade em identificar sinais de perigo, o que os torna mais propensos a entrar em relacionamentos abusivos e difíceis de sair.
Esses adultos também apresentam grande confusão emocional. O termo “confusão” é frequentemente usado por eles, pois têm dificuldade em organizar seus pensamentos e sentimentos. Como resultado, podem apresentar problemas psiquiátricos, como ansiedade ou depressão.
Esse estilo de apego revela como as experiências da infância podem afetar profundamente a vida emocional e os relacionamentos ao longo da vida.
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