Traumas da infância: conheça 5 situações que podem ter distanciado você de sua essência

05/04/2021
Sabe aquele momento que você se pega pensando em quando foi que se perdeu de si? Geralmente quando esse sentimento vem à tona, instintivamente começamos a pensar em situações que aconteceram na nossa vida. A perda de um emprego, o fim de um relacionamento, o desentendimento com um amigo ou qualquer outro tipo de decepção. Mas, e se o que fez com que perdesse a sua própria essência aconteceu um pouco antes de tudo o que lembra? Muitos traumas da infância, por exemplo, deixam marcas tão profundas que podem impactar a maneira como você se conecta consigo mesmo.
Quando somos crianças, tudo o que é presenciado e escutado é absorvido e fica armazenado nas profundezas do nosso ser. Aliás, se você já conhece meu trabalho sabe que esses acontecimentos são enraizados em nossas células desde antes de nascermos. Nossos aprendizados começam ainda na fase intrauterina, quando somos apenas embriões e estamos nos desenvolvendo.
Todas as experiências pelas quais passamos fazem parte da construção do nosso ser. A maneira como reagimos, nossa visão de mundo, comportamentos e pensamentos são influenciados por essas vivências. Em alguns momentos, como na infância ou antes dela, não temos a capacidade de discernir o que é certo ou errado. Apenas armazenamos as informações recebidas. Contudo, algumas dessas construções podem ser baseadas em coisas negativas que deixam aprendizados incorretos e incompletos. São percepções nem sempre saudáveis que acabam se manifestando posteriormente na vida adulta.
Essa é uma temática super interessante e no artigo de hoje resolvi me ater mais aos traumas da infância. Alguns deles, aliás, nem sempre são vistos nitidamente como situações traumáticas, mas seus impactos podem ser devastadores. Confira abaixo os mais comuns:
1. Viver em um ambiente de abuso verbal, físico ou psicológico
Esse é um dos traumas da infância mais comuns. Crianças que crescem em um ambiente que não é saudável, tendem a reproduzir esses comportamentos de alguma forma na vida adulta. As demonstrações de raiva entre os pais, que muitas vezes acontecem dentro de casa, podem deixar impactos emocionais significativos a ponto de afetar os relacionamentos no futuro.
Essa criança pode interpretar, por exemplo, que para ser validada precisa gritar e usar da agressividade. Não existem regras ou fórmulas, pois cada um é impactado de uma maneira diferente mesmo passando pelo mesmo tipo de trauma.
2. Falta de apoio e palavras de incentivo
Imagine só passar uma das fases mais importantes para a criação da nossa personalidade sem receber palavras de apoio ou incentivo. Que reflexos isso pode ter na nossa vida quando adultos?
Um senso de valor próprio distorcido, crenças sobre incapacidade, sensações de não merecimento, insegurança, desmotivação. Todos esses sentimentos podem ser despertados e impactar negativamente a vida das pessoas que não recebem apoio e incentivo na infância.
E apoio pode ser até mesmo uma coisa simples, como, por exemplo, encorajar o filho a tentar andar de bicicleta novamente, mesmo depois de inúmeras tentativas frustradas.
3. Ambiente de superproteção
Existem muitas crianças que crescem em um ambiente de superproteção e isso também pode ser considerado um dos traumas da infância, sabia? Imagine só ser criado em um ambiente em que os pais veem perigo em tudo, por exemplo.
Superprotegem os filhos de tudo, a ponto de quase tornar a relação sufocante, sem que a criança possa ter liberdade em viver e experimentar a vida. Essa atitude dos pais, pode ocasionar certa dependência, mesmo na vida adulta. Já que durante a infância, momento em que aprendemos muitas coisas, sempre existiu quem fizesse tudo.
4. Comparações diretas ou indiretas
- “Você deveria ser mais estudioso, assim como seu primo!”
- “Seu irmão não dava esse trabalho todo!”
- “Seus amigos são muito mais educados do que você!”
- “Como eu queria que você fosse igual ao fulano!”
Esses tipos de comentários, muitas vezes “inocentes”, causam um impacto tão profundo nas crianças que se todos tivessem ciência, jamais fariam esse tipo de comparativo. É como reforçar, mesmo de forma intrínseca, que aquela criança não é boa o suficiente, que os outros a sua volta são “melhores” e que aquela maneira de ser não é tão legal quanto o das outros.
Posteriormente, a pessoa que viveu esse tipo de comentário na infância pode achar que a sua maneira de ser não é legal e começar a se retrair. Ou também tentar sempre viver de acordo com uma vida que não é sua, com comportamentos que não são os seus, apenas para agradar quem o rodeia.
Esse é um dos traumas da infância que costumam acontecer com frequência e nem sempre é intencional. É só aquele velho hábito de ter que comparar as pessoas e situações apontando o que é certo ou errado, o que nos agrada e o que não.
5. Ausência dos pais ou cuidadores
A infância é um momento em que nós começamos a nos relacionar e conectar com as outras pessoas. Nesse caso, geralmente é com os pais e cuidadores que esses vínculos são estabelecidos. Até mesmo porque nessa fase inicial precisamos receber alguns cuidados, e receber ensinamentos em diferentes âmbitos.
Assim como no caso da superproteção, existem impactos negativos quando há ausência dessas referências. Algumas pessoas que vivem essa falta da infância, podem crescer sentindo a sensação de abandono, solidão ou vazio. São apenas hipóteses, mas bem prováveis de acontecer.
Os traumas da infância não ficam apenas na infância
Muito pelo contrário. Os traumas da infância permanecem durante a vida toda. Refletem os comportamentos, pensamentos, modo de ser. Estão presentes nas relações interpessoais, na maneira como nos posicionamos e, principalmente, na forma como nos conectamos com nós mesmos.
Por isso, quando alguém passa por episódios traumáticos a probabilidade de se desfragmentar, se perder da própria essência e se desconectar de si é muito grande.
As situações negativas pelas quais passamos nos dão forças, mas somente se soubermos elaborar os acontecimentos e ressignificar os impactos que deixam em nosso ser. Mas é muito difícil superar esses danos emocionais sozinho, sem um direcionamento. É muito comum, aliás, que sejam criados bloqueios. Eles impedem as pessoas de enxergar a verdadeira raiz de seus problemas, principalmente quando são causadas na infância.
Mas, não é impossível encontrar a cura! Pelo contrário, é muito possível olhar para dentro e recuperar as suas partes perdidas por conta de acontecimentos negativos.
Por isso, eu gostaria de deixar aqui um convite muito especial para que você conheça o MIRE – Método Integrativo de Reconexão do EU.
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Concordo plenamente com tudo isso. Obrigada pelo conteúdo.
Manuel, boa tarde.
Gratidão pelo conteúdo, que nos faz buscar nas lembranças esses pontos cegos que nos bloqueiam em muitas áreas de nossas vidas hoje…
E como todo mundo tenho muitos bloqueios e traumas desde o ventre… É ainda que eu faça muitos cursos, estudos e eles me ajudem muito, a cada dia percebo que a impressão que dá é que somos o patinho feio ao longo da nossa, trajetória de vida até encontrar outros cisnes que nos façam sentir em família…
O artigo poderia trazer com cada abordagem, algumas instruções do que fazer com esses bloqueios e traumas…
Espero ter ajudado.
Que DEUS te abençoe e te guarde livrando de todo mal e de todos os maus.
Nossa, eu já sabia algumas coisas desse tipo , mais não com essa profundidade.🙏🙏♥️
Sigo as suas publicações com muito gosto e sou imensamente grata.
Este conteúdo é preciso e já o partilhei.
Gratidão
Muito valido este artigo, inclusive, só o fato de ler espontaneamente, se inicia uma retrospectiva importante em suas lembranças, qual foi em sintese o tudo o que se viveu deixado pela propria pessoa enquanto criança. Gostei muitíssimo. Não deixa de ser um ponto de partida.
Obrigada.