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Psicologia Pré e Perinatal: como as experiências dessa fase deixam impactos em sua vida?

Psicologia Pré e Perinatal: como as experiências dessa fase deixam impactos em sua vida?

20/11/2020

Quando você acha que a sua vida se inicia? No momento do seu nascimento? Essa é uma convicção de muitas pessoas, mas não é uma verdade absoluta. A nossa vida começa antes, bem antes disso. E se você já acompanha o meu trabalho, deve imaginar que eu estou falando isso por conta da Psicologia Pré e Perinatal, na qual eu sou especialista e cada vez mais me aprofundo sobre o tema, que, por sinal, acho incrível. 

Mas, de fato, existem muitas dúvidas sobre essa abordagem e sempre ouço questionamentos do tipo: “é mesmo possível ser influenciado por questões que aconteceram quando eu ainda nem tinha nascido?”. Irei responder esse e alguns outros ao longo deste artigo, para que você entenda como as experiências vividas no ventre materno podem deixar impactos em sua forma de ser. Boa leitura! 

Nossa vida começa muito antes de nosso nascimento

Durante muito tempo acreditava-se que quando um bebê nascia era como uma folha em branco. E que a partir dali começavam os aprendizados, as vivências e a vida em si. Mas, como ignorar tudo o que aconteceu durante a gestação? Todas as experiências advindas desse período não servem de nada? Se não, por que as mães conversam com suas barrigas? Parece meio contraditório dizer que a vida começa no nascimento se analisarmos por esse lado, não é mesmo? 

Ao longo da minha profissão eu fui entendendo cada vez mais que os acontecimentos da fase em que ainda somos um embrião moldam os nossos comportamentos. Então, na verdade, ao invés de um bebê ser uma folha em branco, seguindo essa analogia, ele já é um livro inteiro preenchido por essas memórias. 

Aliás, entre a pré-concepção e o nascimento existem 24 estágios diferentes. Você consegue mensurar tudo o que acontece neles? Muitas coisas podem ocasionar traumas ou choques que deixam impactos profundos em nosso ser. E essas experiências primárias, como são conhecidas as vivências dessa fase, serão repetidas de forma inconsciente pelo resto de nossas vidas. TUDO, absolutamente TUDO o que a mãe sente é transmitido ao feto que toma esses sentimentos como sendo seus. Aliás, até mesmo o pensamento da mãe é sentido pelo embrião durante a gestação. Essas sensações, portanto, ficam armazenadas e já fazem parte da vida. 

Há diferença nos impactos ocasionados em cada um desses estágios?

De certo modo sim. Pois se considerarmos o primeiro trimestre, por exemplo, que é caracterizado por ser um período crítico em que nossos órgãos estão se desenvolvendo, se houver algum choque ou trauma nesse período, pode haver prejuízos até mesmo físicos em algum desses órgãos. 

Vou citar como exemplo antigamente, quando as mães descobriram a gravidez de forma mais tardia e possivelmente no momento em que o coração estava se formando. Se a mãe rejeitasse o bebê justamente nesse período, não há dúvidas de que essa memória da rejeição, por exemplo, tenha sido armazenada de maneira muito profunda – e até mesmo somática – dentro do coração. De acordo com o nível desse choque, isso pode resultar em alguma doença física relacionada ao coração. 

Já o segundo trimestre podemos considerar como o momento de descanso do embrião. Mas um descanso físico, pois é justamente quando ocorre a conexão espiritual. E é nesse período que o feto precisa de quietude. Com isso, se nessa fase a família estiver passando por um momento conturbado, qualquer um que seja, acaba afetando de alguma forma a parte do bebê que precisa se conectar com algo maior, algo transcendental. Quando há uma interrupção, pode haver traumas e consequências para o resto da vida. 

O terceiro trimestre, por sua vez, pode ser caracterizado como o período de associações. É quando esse bebê, já formado, passa a se conectar com o mundo externo de forma mais direta. Essas associações, por exemplo, podem fazer com que o bebê comece a entender que está faltando espaço dentro do útero e isso futuramente pode ser sentido como um sintoma de claustrofobia. Não que isso sempre ocorra, mas de acordo com as minhas experiências com a Psicologia Pré e Perinatal, é algo que realmente pode acontecer. 

E quais aprendizados emocionais acontecem dentro do útero?

Na verdade, todos! Os aprendizados emocionais estão diretamente relacionados ao período intrauterino. Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, é possível ver de forma clara até mesmo as feições do bebê dentro da barriga: se estão sorrindo ou se estão “emburrados”, por exemplo. E por meio da observação dessas expressões já é possível compreender que, de fato, os aprendizados emocionais já estão sendo criados.

Esses aprendizados são reflexos de como a mãe se sente, de como está o convívio entre os pais. De como está sendo o meio em que esse bebê está sendo gerado, ou seja, tudo o que acontece nesse período, mesmo que de forma indireta, acaba criando essas memórias e esses ensinamentos sobre a vida. Sejam eles bons ou ruins, não importa,  servirão para moldar comportamentos da vida adulta. 

No caso de situações negativas, elas exercerão influências também negativas, pois são episódios traumáticos, de choque e, infelizmente, eles deixam marcas nas profundezas de nosso ser. Essas marcas guiam nossos pensamentos, nossa maneira de ser, agir e reagir diante de determinadas ocasiões, de forma inconsciente, é claro, pois não temos consciência sobre esses acontecimentos. 

É possível saber o que aconteceu nesse período? 

A Psicologia Pré e Perinatal é algo realmente fantástico e por meio de algumas técnicas terapêuticas é possível acessar essa fase e descobrir o que aconteceu conosco dentro do útero materno. Nesse sentido, podemos citar a regressão intrauterina. Aliás, a expressão mais apropriada é egressão, pois neste processo a pessoa está consciente. Afinal de contas, o que adiantaria querer acessar essas informações armazenadas se a pessoa estivesse inconsciente? Porque reviver essa fase se não for possível, conscientemente, entender o que se passou lá? 

E isso é algo muito importante e que faz toda a diferença. Pois se trata de um autoconhecimento muito profundo, que é capaz de identificar onde foram iniciados os aprendizados e as emoções que seguem moldando a nossa forma de ser. 

Mas, esse processo de autoconhecimento é algo muito peculiar e cada pessoa acessa essas informações de maneira diferente. Algumas visualizam imagens e outras sentem as emoções de forma física, pois nenhum processo terapêutico é uma fórmula mágica que vai ser igual para todos. 

Aliás, essa é a verdadeira mágica: buscar o autoconhecimento, acessar memórias inconscientes e se entender da sua maneira e no seu tempo. Até mesmo porque cada um teve uma vivência nesse período e cada uma delas deixa impactos em diferentes níveis para cada pessoa. 

Então, além de ser possível saber o que aconteceu nesse período, me arrisco até mesmo a dizer que quando alguém busca por respostas sobre situações mal resolvidas, sobre traumas ocultos e sobre alguns de seus padrões comportamentais, essa é uma experiência fundamental. Pois é a melhor forma de acessar os acontecimentos mais profundos de nossas vidas e, com isso, entender mais sobre si mesmo.  

Quer saber mais sobre a Psicologia Pré e Perinatal?

Esse é um assunto que tem muito a ser explorado, então se você quiser entender mais porque a vida é apenas uma repetição do que aconteceu durante a fase intrauterina, indico que você confira o curso online Explorando a Psicologia Pré e Perinatal que eu preparei com muito cuidado para facilitar esse entendimento. 

Por meio dele você vai perceber que o campo da Psicologia Pré e Perinatal é uma nova porta que permitirá você compreender em diversos níveis a origem de sentimentos enraizados que mesmo com anos de terapia se mostram difíceis de serem transformados.

 

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Uma responsta para “Psicologia Pré e Perinatal: como as experiências dessa fase deixam impactos em sua vida?”

  1. Luana disse:

    Olá!
    Você oferece vivencia presencial relacionada ao tema, ou só curso online?
    Obrigada.

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